muito tempo sabia que o senhor seu sobrinho e a senhora sua filha se amam ternamente... TEIXEIRA (olhando JÚLIA e ERNESTO, cabisbaixos) – Se amam ternamente!... (A PEREIRA) E que tem isto? Quando mesmo fosse verdade, é natural; são moços, são primos... PEREIRA – Por isso, sendo hoje um sábado, e não tendo V.Ex.a ido à Praça, conjeturei que as bodas, a feliz união dos dois corações... TEIXEIRA conjeturou mal; e para outra vez seja mais discreto em não intrometer-se nos negócios de família. PEREIRA – E a poesia? V.Ex.a não a recebe? TEIXEIRA – Leve a quem a encomendou; ele que lhe pague! (Voltando-lhe as costas.) ERNESTO (baixo, a PEREIRA) – É justo que seja eu que aproveitei. O senhor não sabe o serviço que me prestou. (Dando-lhe um bilhete) Tome e safe-se quanto antes. PEREIRA – Entendo! ERNESTO (a JÚLIA e D. MARIANA) –
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