O despotismo, detestava-o como nenhum liberal
é capaz de o abhorrecer; mas as theorias
philosophicas dos liberaes, escarnecia-as como
absurdas, regeitava-as como perversoras de toda
a idea san, de todo o sentimento justo, de toda
a bondade praticavel. Para o homem em qualquer
estado, para a sociedade em qualquer fórma
não havia mais leis que as do decalogo,
nem se precisavam mais constituições que o
Evangelho:
dizia elle. Reforçá-las é superfluo,
melhorá-las
impossivel, desviar d’ellas monstruoso.
Desde o mais alto da perfeição evangelica, que
é o estado monastico, ha regras para todos alli;
e não falta senão observá-las.
Não sei se ésta doutrina não tem o quer que seja de um certo sabor independente e livre, se não cheira o seu tanto á confiança heretica dos reformistas evangelicos. O que sei é que Fr. Diniz a professava de boafé, que era catholico sincero, e frade no coração.
Segundo os seus principios, podêr de homem sôbre homem, era usurpação sempre e de qualquer modo que fosse constituido. Todo o podêr estava em Deus — que o delegava ao pae