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de quem vem folgar agora na taberna porque ja bebeu o que havia de beber n’ella. Matava-nos a sêde; mas a agua alli é beber quartans. O vinho era atroz. Limonada? Não ha limões nem assucar. — Mandou-se um proprio á tenda no fim da villa. Vieram tres limões que me pareceram de uns que pendiam, quando eu vinha a férias, á porta do famoso botequim de Leiria. O assucar podia servir na última scena de M. de Pourceaugnac muito melhor que n’uma limonada. Mas misturou-se tudo com a agua das sezões, bebémos, pozemo-nos em marcha, e até agora não nos fez mal, com ser a mais abominavel, antipathica e suja beberagem que se póde imaginar.

Caminhámos na mesma ordem até chegar ao famoso pinhal da Azambuja.