epocha e são balizas da historia de uma
nação,
tambem eu os regeitarei sem dó quando lhes
faltarem essas authênticas indispensaveis. Agora
as circumstancias, para assim dizer, episodicas
de um grande feito sabido e provado, quem as
conservará senão forem os poetas, as
tradições,
e o grande poeta de todos, o grande guardador
de tradições, o povo?
Eu creio na Senhora da Victoria de Santarem, e em muitos outros sanctos e sanctas, que a religião do povo tem por esses nichos e por essas capellas e por esses cruzeiros de Portugal, a recordar memorias de que se não lavrou outro auto, não se escreveu outra escriptura, de que não ha outro documento, e que os frades chroniqueiros não julgaram dever escrever no livro de terça ou de noa, em nenhum livro preto nem incarnado, porque o tinham por melhor escripto e mais bem guardado nos livros de pedra em que estava.
Coitados! não contaram com os apperfeiçoadores, reparadores e demolidores das futuras civilizações que, para pôr as coisas em ordem, tiram primeiro tudo do seu logar.