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farrapos de neve, n’uma noite pollar, notas azues,
verdes, brancas, amarellas, de todas as côres e
matizes possiveis. Eram milhões e milhões e
milhões...
Nunca vi tanto milhão, nem ouvi fallar de tanta riqueza senão nas mil e uma noites.
Acordei no outro dia e não vi nada... so uns pobres que pediam esmola á porta.
Metti a mão na algibeira, e não achei senão notas... papeis!
Parti para Lisboa cheio de agoiros, de inguiços e de tristes presentimentos.
O vapor vinha quasi vazio, mas nem por isso andou mais depressa.
Eram boas cinco horas da tarde quando desimbarcámos no Terreiro-do-Paço.
Assim terminou a nossa viagem a Santarem: e assim termina este livro.