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— 'Quero eu: hasde ve-la. Ja sabes que sei tudo.'

— 'Tudo o quê, Georgina?'

— 'Queres que t'o repitta? Repettirei. Que tu amas tua prima, que ella que te adora. E por Deus, Carlos eu ja lhe quero como se fôra minha irman. Intendes bem agora que te não amo? Comprehendes agora que tudo acabou entre nós, e que não vejo, não posso ver em ti ja senão o espôso, o marido da innocente criança que tomei debaixo da minha protecção, e a quem juro que hasde pertencer tu?’

— 'Juras falso.'

— 'Como assim! Pois queres mais victimas? Não estás satisfeito com a minha ruina? Eu aomenos não sou do teu sangue. E essa velha decrepita que é tua avó, que duas vezes foi em verdade tua mãe porque te criou, — essa innocente que te ama na singelleza do seu coração... e esse pobre frade velho...'

— 'Oh! aqui anda elle, bem o vejo, aqui