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Página:Vida e morte de M J Gonzaga de Sá (1919).djvu/201

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percebendo, quando a consciência lhe revela o justo e o injusto, fazendo que se lhe enfraqueça deploravelmente o ímpeto inicial?

Cri que D. Escolástica não me compreendera, e procurei dizer a mesma coisa por outras palavras.

— Quem sabe se, na primeira idade, eles estudam porque desconhecem certas coisas que, sabidas mais tarde, lhes fazem desanimar e sentir vão o estudo?

— Qual, doutor! (Ela me tratava dessa manrira) — É assim mesmo!

E calou-se, depois de sua segura afirmação, como os grandes e infalíveis sábios do nosso Brasil.

Tomei café e fui ter com Gonzaga de Sá na sua vasta sala de trabalho. Ele, recostado na cadeira de balanço, lia atentamente um jornal. Saudamo-nos e logo lhe obervei:

— Julgava-te na arrumação; mas vejo que estás embevecido na leitura das gazetas.

— Uns jornais franceses que acabo de receber. Adiei a arrumação.

— Qual é, o jornal?

— O Figaro. Leio um por dia, como se fosse publicado aqui e entregue de manhã na minha porta. Ando sempre, por isso mesmo, atrasado com os acontecimentos mundiais.