vera em casa de seu Ignacio, com o soldado amarello. Fôra roubado, com certeza fôra roubado. Avizinhou-se da tolda e bebeu mais cachaça. Pouco a pouco ficou semvergonha.
— Festa é festa.
Bebeu ainda uma vez e empertigou-se, olhou as pessoas desafiando-as. Estava resolvido a fazer uma asneira. Se topasse o soldado amarello, esbodegava-se com elle. Andou entre as barracas, emproado, atirando coices no chão, insensivel ás esfoladuras dos pés. Queria era desgraçar-se, dar um panno de amostra áquelle safado. Não ligava importancia á mulher e aos filhos, que o seguiam.
— Appareça um homem! berrou.
No barulho que enchia a praça ninguem notou a provocação. E Fabiano foi esconder-se por detraz das barracas, para lá dos taboleiros de doces. Estava disposto a esbagaçar-se, mas havia nelle um resto de prudencia. Ali podia irritar-se, dirigir ameaças e desaforos a inimigos invisiveis. Impellido por forças oppostas, expunha-se e acautelava-se. Sabia que aquella explosão era perigosa, temia que o soldado amarello surgisse de repente, viesse