loja, onde havia um magote de mulheres agachadas. E, olhando as frontarias das casas e as lanternas de papel, molhou o chão e os pés das outras matutas. Arrastou-se para junto da familia, tirou do bolso o cachimbo de barro, atochou-o, accendeu-o, largou algumas baforadas longas de satisfação. Livre da necessidade, viu com interesse o formigueiro que circulava na praça, a mesa do leilão, as listas luminosas dos foguetes. Realmente a vida não era má. Pensou com um arrepio na secca, na viagem medonha que fizera em caminhos abrazados, vendo ossos e garranchos. Afastou a lembrança ruim, attentou naquellas bellezas. O borborinho da multidão era doce, o realejo fanhoso dos cavallinhos não descançava. Para a vida ser boa, só faltava a sinha Victoria uma cama igual á de seu Thomaz da bolandeira. Suspirou, pensando na cama de varas em que dormia. Ficou ali de cocoras, cachimbando, os olhos e os ouvidos muito abertos para não perder a festa.
Os meninos trocavam impressões cochichando, afflictos com o desapparecimento da cachorra. Puxaram a manga da mãe. Que