A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emmagrecido, o pêlo cahira-lhe em varios pontos, as costellas avultavam num fundo roseo, onde manchas escuras suppuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a inchação dos beiços difficultavam-lhe a comida e a bebida.
Por isso Fabiano imaginara que ella estivesse com um principio de hydrophobia e amarrara-lhe no pescoço um rosario de sabugos de milho queimados. Mas Baleia, sempre de mal a peor, roçava-se nas estacas do curral ou mettia-se no mato, impaciente, enxotava os mosquitos sacudindo as orelhas murchas, agitando a cauda pelada e curta, grossa na base, cheia de roscas, semelhante a uma cauda de cascavel.
Então Fabiano resolveu matal-a. Foi buscar a espingarda de pederneira, lixou-a, lim-