136
Graciliano Ramos
findos os cochilos, numerosos preás corriam e saltavam, um formigueiro de preás invadia a cozinha.
À tremura subia, deixava a barriga e chegava ao peito de Baleia. Do peito para traz era tudo insensibilidade e esquecimento. Mas o resto do corpo se arrepiava, espinhos de mandacaru penetravam na carne meio comida pela doença.
Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente sinha Victoria tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo.
Baleia queria dormir. Accordaria feliz, num mundo cheio de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ella, rolariam com ella num pateo enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes.