Fabiano tinha ido á feira da cidade comprar mantimentos. Precisava sal, farinha, feijão e rapaduras. Sinha Victoria pedira alem disso uma garrafa de kerozene e um córte de chita vermelha. Mas o kerozene de seu Ignacio estava misturado com agua, e a chita da amostra era cara demais.
Fabiano percorreu as lojas, escolhendo o panno, regateando um tostão em covado, receoso de ser enganado. Andava irresoluto, uma longa desconfiança dava-lhe gestos obliquos. Á tarde puxou o dinheiro, meio tentado, e logo se arrependeu, certo de que todos os caixeiros furtavam no preço e na medida: amarrou as notas na ponta do lenço, metteu-as na algibeira, dirigiu-se á bodega de seu Ignacio, onde guardara os picuás.
Ahi certificou-se novamente de que o kerozene estava baptizado e decidiu beber uma pinga, pois sentia calor. Seu Ignacio trouxe a gar-