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Página:Vidas seccas.pdf/94

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Graciliano Ramos

Abraçou a cachorrinha com uma violencia que a descontentou. Não gostava de ser apertada, preferia saltar e espojar-se no chão. Farejando a panella, franzia as ventas e reprovava os modos extranhos do amigo. Um osso grande subia e descia no caldo. Esta imagem consoladora não a deixava.

O menino continuava a abraçal-a. E Baleia encolhia-se para não magual-o, soffria a caricia excessiva. O cheiro delle era bom, mas estava misturado com emanações que vinham da cozinha. Havia ali um osso. Um osso graudo, cheio de tutano e com alguma carne.