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Poesias offerecidas ás senhoras Portuenses/Ao nascer do Sol

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Ao nascer do Sol.
 

Oh! Que quadro tão bello, e magestoso,
A natureza offerece, abrilhantada
Pelos raios formosos d'este Sol !
As gotinhas d'orvalho prateádas,
Que a Aurora derramou sobre mil flores,
Agitadas agora pela briza
Fresca, e snáve de manhã do eslio,
Em diamantinos iris se tornárão,
Para o Templo adornar do Creador!
Que tapete mais digno para um templo,

Que de flores a terra alcatifada?
que melhor altar, que uma collina,
Onde os raios do Sol pousão ufanos,
Mil lustres já suprindo, mil brandões?
Ahi, oh quanto é bello contemplar
Dos Astros o mais lindo, e magestoso
Como a obra do Senhor mais grandioza!

Só, e no meio aqui da natureza,
Cercada pelos bosques, e campinas,
Gigantescas montanhas descobrindo.
Das vagas o ruido ouvindo ao longe,
Boliçosas quebrar-se nos rochedos;

Ora doces gorgeios escutando
Das aves saudando o novo dia,
Quem respeitoso aqui não dobrará
Já o supplice joelho, a Deos erguendo
Um cantico d'amor. reconhecendo-o
Como Sob'rano Autor dos Ceos, do Mundo?