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Poesias offerecidas ás senhoras Portuenses/Soneto 22

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Soneto.
 

E' aqui, desgraçado, que eu devia
N'habitação dos mortos encontrar-te?!
E-me forçoso ver-te, inda abraçar-te,
Unir-te ao coração, ó doce Armia !

Ah! Como estás mudada! Está tão fria!
A mão, que inda uma vez vou oscular-te!
Só parece, que o seio palpitar-te,
Inda vejo d'amor como outro dia !..

Sim; ficarei comtigo! Ser constante
Jurei-le, bella Armia, além da morte:
P'ra mim tudo acabou !.. nada importante


Offrecer já me pode a minha sorte!
Vae este ferro á vida, ó cara amante!
Ao lado teu já dar-me o extremo corte!..