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Primeiro Fausto/I

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Primeiro Tema

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O Mistério do Mundo

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Quero fugir ao mistério

Para onde fugirei?

Ele é a vida e a morte

Ó Dor, aonde me irei?


II

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O mistério de tudo

Aproxima-se tanto do meu ser,

Chega aos olhos meus d'alma tão [de] perto,

Que me dissolvo em trevas e universo...

Em trevas me apavoro escuramente.


III

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O perene mistério, que atravessa

Como um suspiro céus e corações...

IV

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O mistério ruiu sobre a minha alma

E soterrou-a... Morro consciente!


Acorda, eis o mistério ao pé de ti!

E assim pensando riu amargamente,

Dentro em mim riu como se chorasse!

VI

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Ah, tudo é símbolo e analogia!

O vento que passa, a noite que esfria,

São outra coisa que a noite e o vento —

Sombras de vida e de pensamento.

Tudo o que vemos é outra coisa.

A maré vasta, a maré ansiosa,

É o eco de outra maré que está

Onde é real o mundo que há.

Tudo o que temos é esquecimento.

A noite fria, o passar do vento,

São sombras de mãos, cujos gestos são

A ilusão madre desta ilusão.


VII

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Mundo, confranges-me por existir.

Tenho-te horror porque te sinto ser

E compreendo que te sinto ser

Até às fezes da compreensão.

Bebi a taça [...] do pensamento

Até ao fim; reconhecia pois

Vazia, e achei horror. Mas eu bebi-a.

Raciocinei até achar verdade,

Achei-a e não a entendo. Já se esvai

Neste desejo de compreensão,

Inalteravelmente,

Neste lidar com seres e absolutos,

O que em mim, por sentir, me liga à vida

E pelo pensamento me faz homem.

E neste orgulho certo

Fechado mais ainda e alheado

Me vou, do limitado e relativo

Mundo em que arrasto a cruz do meu pensar.


VIII

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Cidades, com seus comércios...

Tudo é permanentemente estranho, mesmamente

Descomunal, no pensamento fundo;

Tudo é mistério, tudo é transcendente

Na sua complexidade enorme:

Um raciocínio visionado e exterior,

Uma ordeira misteriosidade —

Silêncio interior cheio de som.


IX

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Já estão em mim exaustas,

Deixando-me transido de terror,

Todas as formas de pensar [...]

O enigma do universo. Já cheguei

A conceber, como requinte extremo

Da exausta inteligência, que era Deus...

Já cheguei a aceitar como verdade

O que nos dão por ela, e a admitir

Uma realidade não real

Mas não sonhada, [como o] Deus Cristão.

Falhados pensamentos e sistemas

Que, por falharem, só mais negro fazem

O poder horroroso que os transcende

A todos, [sim,] a todos.

Oh horror! Oh mistério! Oh existência!

O segredo da Busca é que não se acha.

Eternos mundos infinitamente,

Uns dentro de outros, sem cessar decorrem

Inúteis; Sóis, Deuses, Deus dos Deuses

Neles intercalados e perdidos

Nem a nós encontramos no infinito.

Tudo é sempre diverso, e sempre adiante

De [Deus] e Deuses: essa, a luz incerta

Da suprema verdade.


XI

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Nos vastos céus estrelados

Que estão além da razão,

Sob a regência de fados

Que ninguém sabe o que são,

Ha sistemas infinitos,

Sóis centros de mundos seus,

E cada sol é um Deus.

Eternamente excluídos

Uns dos outros, cada um

É universo.

XII

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Num atordoamento e confusão

Arde-me a alma, sinto nos meus olhos

Um fogo estranho, de compreensão

E incompreensão urdido, enorme

Agonia e anseio de existência,

Horror e dor, [agonia] sem fim!

XIII

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Fantasmas sem lugar, que a minha mente

Figura no visível, sombras minhas

Do diálogo comigo.

XIV

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Não, não vos disse ... A essência inatingível

Da profusão das coisas, a substância,

Furta-se até a si mesma. Se entendesses

Neste ou naquele modo o que vos disse,

Não o entendesses, que lhe falta o modo

Por que se entenda.

XV

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Do eterno erro na eterna viagem,

O mais que [exprime] na alma que ousa,

É sempre nome, sempre linguagem,

O véu e capa de uma outra cousa.

Nem que conheças de frente o Deus,

Nem que o Eterno te dê a mão,

Vês a verdade, rompes os véus,

Tens mais caminho que a solidão.

Todos os astros, inda os que brilham

No céu sem fundo do mundo interno,

São só caminhos que falsos trilham

Eternos passos do erro eterno.

Volta a meu seio, que não conhece

os deuses, porque os não vê,

Volta a meus braços, melhor esquece

que tudo só fingir que é.


XVI

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Ondas de aspiração [...]

Sem mesmo o coração e alma atingir

Do vosso sentimento; ondas de pranto,

Não vos posso chorar, e em mim subis,

Maré imensa, numerosa e surda,

Para morrer da praia no limite

Que a vida impõe ao Ser; ondas saudosas

De algum mar alto aonde a praia seja

Um sonho inútil, ou de alguma terra

Desconhecida mais que o eterno [amor]

De eterno sofrimento, e aonde formas

Dos olhos de alma não imaginadas

Vogam essências [...]

Esquecidas daquilo que chamamos

Suspiros, lágrimas, desolação;

[Ondas] nas quais não posso visionar

Nem dentro em mim, em sonho, [barco] ou ilha,

Nem esperança transitória, nem

Ilusão nada da desilusão;

Oh, ondas sem brancuras nem asperezas,

Mas redondas, como óleos, e silentes

No vosso intérmino e total rumor —

Oh, ondas das almas, decaí em lago

Ou levantai-vos ásperas e brancas

Com o sussurro ácido da esperança ...

Erguei em tempestades a minha alma!

Não haverá,

Além da morte e da imortalidade,

Qualquer coisa maior? Ah, deve haver

Além da vida e morte, ser, não ser,

Um inominável supertranscendente,

Eterno incógnito e incognoscível!

Deus? Nojo. Céu, inferno? Nojo, nojo.

Pr'a que pensar, se há de parar aqui

O curto vôo do entendimento?

Mais além! Pensamento, mais além!


XVII

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Paro à beira de mim e me debruço...

Abismo... E nesse abismo o Universo.

Com seu tempo e seu 'spaço, é um astro, e nesse

Alguns há, outros universos, outras

Formas do Ser com outros tempos, 'spaços

E outras vidas diversas desta vida...

O espírito é outra estrela. . . O Deus pensável

É um sol... E há mais Deuses, mais espíritos

De outras essências de Realidade ...

E eu precipito-me no abismo, e fico

Em mim... E nunca desço ... E fecho os olhos

E sonho — e acordo para a Natureza

Assim eu volto a mim e à Vida

Deus a si próprio não se compreende.

Sua origem é mais divina que ele,

E ele não tem a origem que as palavras

Pensam fazer pensar...

O abstrato Ser [em sua] abstrata idéia

Apagou-se, e eu fiquei na noite eterna.

Eu e o Mistério — face a face...

XVIII

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No meu abismo medonho

Se despenha mudamente

A catarata de sonho

Do mundo eterno e presente.

Formas e idéias eu bebo,

E o mistério e horror do mundo

Silentemente recebo

No meu abismo profundo.

O Ser em si nem é o nome

Do meu ser inenarrável;

No meu mudo Maëlstrom

O grande mundo inestável

Como um suspiro se apaga

E um silêncio mais que infindo

Acolhe o acorrer do vago

Que em mim se vai esvaindo.

Por mais que o Ser, que transcende

Criatura e Criador,

Se esse Ser ninguém entende

Ele, a mim e ao meu horror,

Menos. Vida, pensamento,

Tudo o que nem se adivinha,

É tudo como um momento

Numa eternidade minha.


XIX

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Abre-me o sonho

Para a loucura a tenebrosa porta,

Que a treva é menos negra que esta luz.

O terror desvaria-me, o terror

De me sentir viver e ter o mundo

Sonhado a laços de compreensão

Na minha alma gelada.


XX

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A qualquer modo todo escuridão

Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.

O que não crê, nem ama — o que só sabe

O mistério tornado carne.

Há um orgulho atro que me diz

Que Sou Deus inconscienciando-me

Para humano; sou mais real que o mundo,

Por isso odeio-lhe a existência enorme,

O seu amontoar de coisas vistas.

Como um santo devoto

Odeio o mundo, porque o que eu sou

E que não sei sentir que sou, conhece-o

Por não real e não ali.

Por isso odeio-o —

Seja eu o destruidor! Seja eu Deus ira!

XXI

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Sou a Consciência em ódio ao inconsciente,

Sou um símbolo incarnado em dor e ódio,

Pedaço de alma de possível Deus

Arremessado para o mundo

Com a saudade pávida da pátria...

Ó sistema mentido do universo,

Estrelas nadas, sóis irreais,

Oh, com que ódio carnal e estonteante

Meu ser de desterrado vos odeia!

Eu sou o inferno. Sou o Cristo negro,

Pregado na cruz ígnea de mim mesmo.

Sou o saber que ignora,

Sou a insônia da dor e do pensar

XXII

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Ah, não poder tirar de mim os olhos,

Os olhos da minha alma [...]

(Disso a que alma eu chamo)

Só sei de duas coisas, nelas absorto

Profundamente: eu e o universo,

O universo e o mistério e eu sentindo

O universo e o mistério, apagados

Humanidade, vida, amor, riqueza.

Oh vulgar, oh feliz! Quem sonha mais,

Eu ou tu? Tu que vives inconsciente,

Ignorando este horror que é existir,

Ser, perante o [profundo] pensamento

Que o não resolve em compreensão, tu

Ou eu, que analisando e discorrendo

E penetrando [...] nas essências,

Cada vez sinto mais desordenado

Meu pensamento louco e sucumbido.

Cada vez sinto mais como se eu,

Sonhando menos, consciência alerta

Fosse apenas sonhando mais profundo


XXIII

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Ah, que diversidade,

E tudo sendo. O mistério do mundo,

O íntimo, horroroso, desolado,

Verdadeiro mistério da existência,

Consiste em haver esse mistério.

XXIV

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Essa simplicidade d'alma

Possuída não só dos inocentes

Mas até dos viciosos, criminosos...

essa simplicidade

Perdi-a, e só me resta um vácuo imenso

Que o pensamento friamente ocupa.

XXV

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Tremo de medo:

Eis o segredo aberto.

Além de ti

Nada há, decerto,

Nem pode haver

Além de ti,

Que [só] tens essência

Nem tens existência

E te chamas [...] Ser.


XXVI

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Mais que a existência

É um mistério o existir, o ser, o haver

Um ser, uma existência, um existir —

Um qualquer, que não este, por ser este —

Este é o problema que perturba mais.

O que é existir — não nós ou o mundo

Mas existir em si?


XXVII

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Não é a dor de já não poder crer

Que m'oprime, nem a de não saber,

Mas apenas [e mais] completamente o horror

De ter visto o mistério frente a frente,

De tê-lo visto e compreendido em toda

A sua infinidade de mistério.

É isto que me alheia, que me [traz]

Sempre mostrado em mim como um terror

E maior terror há-o?

XXVIII

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Para mim ser é admirar-me

de estar sendo.

XXIX

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Há entre mim e o real um véu

A própria concepção impenetrável.

Não me concebo amando, combatendo,

Vivendo com os outros. Há, em mim,

Uma impossibilidade de existir

De que [abdiquei], vivendo.

XXX

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Tornei minha alma exterior a mim.

XXXI

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Tarde! Não poder

Adivinhar o teu segredo

E o teu mistério ilúcido. Ignorar

Esta emoção,

Vaga desesperança quase amarga,

Da sensação que dás.

XXXII

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Qu'importa? Tudo é o mesmo. A mim quer seja

Manhã inda d'orvalho arrepiada,

Dia, ligeiro ao sol, pesado em nuvens,

A tarde,

A noite misteriosa,

Tudo, se nele penso, só me amarga

E me angustia.

XXXIII

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Acordado, abro os olhos.

Vivo! Sou vivo ainda! Torno a ver-te,

Pálida luz, silente luz da tarde,

Que ora me [enches] de um cálido horror!

Onde estou? Onde estive? Ferve em mim,

Numa quietação indefinida,

Um eco de tumultos e de sombras

E uma coorte como de fantasmas

[Gritantes]. E luzes, cantos, gritos,

Desejos, lágrimas, chamas e corpos,

Num referver [tumultuoso] e misturado,

Numa esvaída confusão noturna —

Como tendo piedade de deixar-me —

Sinto passar em mim, como visões.

Nem com esforço recordar-me posso

Se são fantasmas ou vagas lembranças;

Não me lembro de vida alguma minha

E o necessário esforço, desejado

P'ra recordar-me, não o posso ter.

Acabar. Nem desejo nem espero

Nem temo, n'apatia do meu ser.

Para que pois viver? Quero a morte,

E ao sentir os seus passos

Alegremente e apagadamente

Me voltarei lento para o seu lado,

Deixando enfim cair sobre o meu braço

Minha cabeça, olhos cerrados, quentes

Do choro vago já meio esquecido.

Mas onde estou? Que casa é esta? Quarto

Rude, simples — não sei, não tenho força

Para observar — quarto cheio da luz

Escura e demorada, que na tarde

Outrora eu... Mas que importa? A luz é tudo.

Eu conheço-a.

XXXIV

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Basta ser breve e transitória a vida

Para ser sonho. A mim, como a quem sonha,

E escuramente pesa a certa mágoa

De ter que despertar — a mim, a morte,

Mais como o horror de me tirar o sonho

E dar-me a realidade, me apavora,

Que como morte. Quantas vezes [quantas],

Em sonhos vazios conscientemente

Imerso, me não pesa o ter que ver

A realidade e o dia!

Sim, este mundo com seu céu e terra,

Com seus mares e rios e montanhas,

Com suas árvores, aves, bichos, homens,

Com o que o homem, com translata arte,

De qualquer construção divina, fez

— Casas, cidades, coisas, modas [...] —,

Este mundo, que [nunca] reconheço,

Por sonho amo, e por ser sonho o [quero]

Ou [tenho] que deixá-lo e ver verdade,

— Me toma a gorja, com horror de negro,

O pensamento da hora inevitável,

E a verdade da morte me confrange.

Pudesse eu, sim, pudesse, eternamente

Alheio ao verdadeiro ser do mundo,

Viver sempre este sonho que é a vida!

Expulso embora da divina essência,

Ficção fingindo, vã mentira eterna,

Alma-sonho, que eu nunca despertasse!

Suave me é o sonho, e a vida [...] é sonho.

Temo a verdade e a verdadeira vida.

Quantas vezes, pesada a vida, busco

No seio maternal da noite e do erro,

O alívio de sonhar, dormindo; e o sonho

Uma perfeita vida me parece

[...] ..., e porventura

Porque depressa passa. E assim é a vida.

XXXV

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E o sentimento de que a vida passa

E o senti-la passar

Toma em mim tal intensidade,

De desolado e confrangido horror,

Que a esse próprio horror, horror eu tenho

Por ele e por senti-lo,

E por senti-lo como tal.


XXXVI

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Aborreço-me da possibilidade

De vida eterna; o tédio

De viver sempre deve ser imenso.

Talvez o infinito seja isso...

Já o tédio de o pensar é horroroso.