instante suas intenções, as quais se refletiam no semblante de sua mulher em desusada preocupação e na fronte da filha em uma sombra mais espessa de melancolia.
Cristóvão entrando adivinhara o que passava; e aguardou o ensejo de serenar Inesita, dando-lhe parte do acontecido.
Abriu-se a porta; um pajem entrou com uma carta.
Mandava-a o comendador:
Parece que a Divina Providência se opõe à realização do nosso mais caro voto, pois me lançou de novo, e quem sabe por quanto tempo, no leito da dor, donde esta vos dirijo. É urgente que vos fale hoje mesmo; armai-vos, como eu, de indulgência e resignação aos decretos do Altíssimo.
D. Francisco amarrotou o papel, irado ao último ponto; depois abrindo-o, colocou-o diante dos olhos da mulher que a muito custo soletrou as poucas linhas da carta:
— Vede, D. Ismênia, se não é para fazer perder a paciência a um santo!
— Penso eu que D. Lopo diz verdade!... A vontade do céu não é que estas bodas se façam!... Não