Página:As Minas de Prata (Volume VI).djvu/263

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A donzela dirigiu ao céu os olhos e um sorriso sublime de resignação.

Houve uma pausa. Estes corações, cheios como estavam a transbordar, se refrangiam ao toque um do outro.

— Estais de todo convalescida, Elvira. Não credes que já seria tempo de fixarmos o prazo?

— Qual prazo, Cristóvão?

— Para o nosso recebimento.

— Ah!

— Não me respondeis?

Elvira tirou os olhos do chão e levou-os ao semblante do cavalheiro, que estremeceu até o fundo d'alma, recebendo o choque daqueles dois raios límpidos e cintilantes:

— Respondei-me vós primeiro. Ainda me quereis, Cristóvão?

— Duvidais de meus sentimentos, Elvira! Eles não mudaram.

— Estais bem certo disto?

— Que singular ideia é a vossa!

— Pois, Cristóvão, respondei-me pelas mesmas, não por outras palavras. Pergunto-vos eu se ainda me quereis?

— Quero-vos, Elvira!