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da portugueza, quão vasto é o oceano que separa o Brazil de Portugal », como se exprime o Jornal do Commercio.

Guia da instrucção para o imperial corpo de engenheiros da marinha allemã (concluido em setembro de 1887), Kiel, 1888. Trasladado, etc. Rio de Janeiro, 1888, 250 pags. in-8° - Há diversos trabalhos geographicos do vice-almirante Fonseca, como:

Mappa entre o rio do Frade e Mucury, copiado das cartas inglezas, mas correcto e augmentado, sobretudo nas ilhas, bancos, canaes, corôas e recifes. Lithog. do archivo militar, 1857.

Plano do ancoradouro de Ilhéos (Bahia), levantado por Mr. Er. Mouchez e Ignacio Fonseca, da marinha brazileira. Paris, 1863.


Ignacio Joaquim Passos — Filho de Ignacio Joaquim Passos, nasceu na provincia de Alagôas no primeiro decennio do presente seculo e faleceu pelo anno de 1865. Foi thesoureiro do thesouro provincial em sua installação, professor de rhetorica em sua provincia e o mais distincto poeta que ella tem produzido. Tal era a eloquellcia de que dispunha, que encantava ouvil-o. Consta-me que escreveu uma these, quando se apresentou concorrendo para a cadeira de que foi professor, a qual é um verdadeiro compendio de rhetorica. Nunca colleccionou suas bellissimas poesias; seu filho, Domingos Passos, colligiu algumas e publicou:

- Obras de Ignacio Joaquim Passos. Maceió, 1869, in-8° — E’ um livro precedido de um juizo critico pelo dr. João Francisco Dias Cabral, contendo odes, sonetos e alguns artigos publicados no Constitucional. Sahiu um segundo volume, que nunca vi, e não continuou a publicação, por fallecer tambem o colleccionador.


Ignacio José de Alvarenga Peixoto — Filho de Simão de Alvarenga Braga e dona Angela Michaella da Cunha, nasceu no Rio de Janeiro em fins de 1748, como diz o doutor Teixeira de Mello, ou em 1744, como dizem outros; foi casado com dona Barbara Heleodora Guilhermina da Silveira, de quem já fiz menção, e falleceu a 1 de janeiro de 1793 no presidio de Ambaca, em Angola. Formado em leis pela universidade de Coimbra, serviu o cargo de juiz de fóra de Cintra, donde passou para o de ouvidor do Rio das Mortes, cargo que deixou apoz seu casamento para dedicar-se á lavoura e á mineração, sendo depois nomeado coronel de cavallaria de milícias. Compromettendo-se na conspiração mineira de 1789, de que foi um dos principaes chefes seu cunhado Francisco de Paula Freire de Andrade, foi preso, conduzido em algemas para a Ilha das Cobras onde esteve incommunicavel, sen-