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792 BOM JOAO VI NO BRAZIL

apontadas, sem receio de errar, como fazendo parte das ra- zoes proximas da sedigao, si bem que resgatassem aquelles defeitos brandura e tolerancia que nao eram communs aos capitaes generaes.

De como andava indisciplinada a soldadesca e nao me- nos a officialidade, o que mais que tudo traduzia o mal estar, physico e espiritual, caracteristico do momento, deu evidente prova o crime que deu o signal da rebelliao. As prisoes dos suspeitos, ordenadas a ultima bora pelo gover- nador, deram com effeito origem ao conhecido episodb de quartel em que o capitao Jose de Barros Lima (Leao Coroado) assassinou o Su superior, provocando com tal acto geral insubordinacjio nas fileiras do regimento de artilheria, depois agitagao na cidade, toques de rebate, exaltacao dos animos, libertagao dos detidos politicos e a mistura de cri- minosos vulgares, e por fim a mais completa perturbaQao da ordem.

" Em fim, a 6 d este mez, contava Maler para Pariz, um regimento de artilheria excedendo-se em vociferagoes e espirito de amotinagao, o Governador, avisado do tumulto, enviou ao quartel o Brigadeiro Salazar para tratar de acal- mar a desordem. Quando comecava a exhortar o regimento, um capitao, talvez receioso do effeito das suas palavras, apressou-se em atravessal-o com a espada e Salazar ca hio immediatamente morto. ( I ) Ao saber do assassinate o Go-

��(1) O nssassinndo nao foi Salazar, quo era diofe do regimento fie infantaria, sim o brisadoiro Manoel .Toaquim Barbosa, chefe do re gimento de artilhoria e portugncT;, diz Muni/ Tavaivs. altivo e severo, qnando procedia i\ prisao dos official s suspi-itos. Salazar fez parte dos officiaes superiores que, em conselho na for tale/a do Brum, decidi- ram o que o govcrnaslor dsejaya, a saber, a cnpitul.-u.-ao som dcrrama- mento de sangue.

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