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1072 DOM JOAO VI NO BRAZIL

segundo no dia 7 informava uma nota de Palmella o barao de Sturmer, novo ministro da Austria.

A pobre amorosa Princeza, nao se conformando com a separagao, tanto instou porem com o sogro, que este acabou por annuir a que ella acompanhasse o marido, depois do parto, ficando as criangas com o avo, aquella pelo menos que encarnasse as esperangas da dynastia.

O governo britannico, desanimado de conseguir o re- gresso do Rei, -mandara instrucgdes instantes ao seu ministro Thornton para que alcangasse pelo menos a partida do Prin cipe ou do Infante, e o diplomata, de accordo com Palmella, trabalhara com tanto afinco n esse sentido que D. Joao tinha de fugir d elle, ausentava-se mesmo do Rio para evital-o ( I ) . Por sua vez Dom Pedro, instigado por Palmella e ambicioso de representar um papel nos successes que se estavam desen- volvendo, convencido para mais da urgencia de oppor um dique a mare revolucionaria (2), pendia agora para a Jda para Lisboa e comegava a invocar seus titulos e responsabili- dades de herdeiro, pedindo officialmente a opiniao dos mi- nistros (3).

Dom Joao, porem, no intimo ainda nao completamente decidido e politicamente zeloso como todo monarcha do seu successor presum ptivo, hesitava em dar o consentimento para o embarque mesmo depois de resolvida e ate diplomatica- mente annunciada a partida sempre a espera de alguma cousa que mudasse o rumo dos acontecimentos. Na Imprensa

��(1) Corresp. de Maler, no Arch, do Min. dos Ncff. Est. de Franga.

(2) "Ao Principe, e&crevia Maler (Officio de 8 do Fcvoi-oiro de 1821), nao falta espirito natural nem ardor para fazer o bem, mas e indispensavel que Ihe deem um conselho proprio a guial-o e sustental-o nas circumstancias imperiosas que o vao rodear."

(3) Corresp. de Maler, ibidem.

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