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XXIV

O Cabelo


Ó tranças em aneis afagando-te a alvura
Do colo juvenil! Ó perfume sem par!
Éxtase! Vou povoar a minha alcova escura
Com as recordações que dormem na espessura
Do teu cabelo, amor, fazendo-o destrançar!

A África abrasadora e a Ásia langorosa,
Todo um mundo distante, ausente, evocador,
Vive na solidão d’essa grenha olorosa!
Como vogam mortaes na onda harmoniosa,
Eu gosto de nadar no teu divino olor.