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LUPE
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de brumas. É a lei ineluctavel, e quiçá providencial, do existir.

Sem embrago ha uma semana, no curso de trabalhos encetados, pouco tendentes a divagações imaginarias, reproduziu-se-me, repentinamente, o extranho phenomeno evocativo occorrido por occasião da carta de Lupe.

Revi-a, a joven mexicana, pela segunda vez tão nitidamente como da primeira, n’uma reflorescencia magica de recordações.

Mas circundaram agora a figura resurgida reverberações tumulares. Exhalou-se d’ella a emanação melancholica de algo definitivamente extincto. Gracioso phantasma, repassou-me de indizivel fluido sobrenatural.

Lupe morreu! Uma voz intima m’o affirma irrecusavelmente. Tenho tanta certeza do seu fallecimento