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O meu captiveiro entre
CAPITULO XLVIII
De como foi comida a carne
de Jeronymo

Quando Paraguá viu promptas as bebidas que andava a preparar, deu inicio á festa na qual comeram o moquem de Jeronymo. Tudo correu como já narrei. Em seguida foram buscar os dois irmãos Braga e o prisioneiro do meu dono, de nome Antonio. Reunimos-nos assim na taba quatro christãos e fomos obrigados a beber com os selvagens; antes disso, porém, pedimos a Deus que nos salvasse as almas, e tambem os corpos se fosse de sua vontade.

Os indios conversaram comnosco muito alegres, mas nós só viamos desgraças.

No dia seguinte, de manhã, requentaram os restos de Jeronymo e deram cabo de tudo.

Mais tarde, quando me separei dos dois irmãos, pediram-me elles que orasse a Deus em sua inten-