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O meu captiveiro entre

Terminada a fala do commandante, adeantaram-se esses suppostos meus irmãos e o interprete declarou aos indios quem elles eram e o que pretendiam. Allegou ainda que meu pai insitia pelo meu regresso, pois não desejava morrer sem ver-me.

O commandante falou de novo, por meio do interprete, e disse ser da sua vontade que eu voltasse para a taba; mas que elle commandante era um só e meus irmãos muitos, pelo que tinha de ceder deante do numero. Tudo isso com o fim de evitar indispoções com os selvagens, amigos dos francezes.

Adeantei-me tambem eu, depois, e disse a Abati-poçanga, meu dono, que muito desejava voltar para a taba, mas me via impedido pela attitude de meus irmãos.

Abati-poçanga declarou, então, que me deixava partir; mas que voltasse pelo primeiro barco, pois me considerava seu filho e estava zangado com os de Ubatuba por me terem querido devorar.

Uma de suas mulheres, que viera com elle a bordo, foi obrigada a gritar sobre mim, como é costume delles, e eu tive de gritar em resposta, na forma do estylo.

Em seguida o commandante distribui-lhes al-