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O meu captiveiro entre

Vieram pela manhã e atacaram a aldeia com flechas. Os de dentro mostraram medo e as mulheres quizeram fugir. Aproveitei-me do ensejo e disse-lhes:

Vós me tendes por portuguez; dae-me arco e flechas que quero ajudar-vos a defender a taba.

Deram-me arco e flechas; gritei e atirei ao modo delles o melhor que pude, animando-os á lucta. Minha intenção era saltar a estacada e correr para os tupiniquins, que me conheciam e me sabiam na aldeia. Mas os tupiniquins, vendo que nada podiam fazer, voltaram-se para as canôas e partiram.

Finda a refrega os indios prenderam-me de novo.