Página:Missal.djvu/213

Wikisource, a biblioteca livre

Fria aparição da meia-noite, o Luar seja contigo!

Tu vens da neve, das algidezes cruas da neve; e eu não sei bem se é a neve que te faz frio ou se és tu que fazes fria a neve.

Há, contudo, em ti, algum calor, que não é inteiramente a vida, mas que suaviza os punhalantes regelos da neve; que não é o sol da tua carne, a chama do teu corpo, mas um quente raio d’estrela, a estrela de teu olhar aceso como velas místicas no recolhido e sagrado santuário de uma Capela.

O luar seja contigo, seja contigo o luar