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Página:O matuto - chronica pernambucana (1878).djvu/33

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seus aposentos, não sem ter primeiro fechado todas as portas, com excepção da de entrada, que de costume ficava sempre aberta para a qualquer hora da noite se recolherem os viageiros que não podiam chegar mais cedo.

Não havia luar, mais a noite estava clara. As estrelas cintilavam com a luz suave que elas têm no deserto ou nos lugares onde não há, para quebrarem sua branda claridade, as iluminações publicas.

Seriam nove horas quando de junto das cangalhas e cargas que estavam atiradas a um canto de rancho, rumor suspeito se fez ouvir distintamente por Francisco a quem ainda o sono não tinha dado a respirar os seus deliciosos narcóticos.

Francisco era prevenido, e armará a rede perto da entrada que estava livre. Ouvindo o ruído e tendo certeza de que pela porta donde ele guardava, como cão fiel, a casa adormecida, não pressentirá entrar ai viva alma, sentou-se tão cautelosamente como pôde na rede, e dai volveu vistas perscrutadoras ao lugar donde lhe chegavam os sons suspeitos. Não fossem resultado a sua inspeção. Um vulto rastejava por entre os objetos lançados a esmo no fundo do alpendre.