Quem era? Por onde entrára quem quer que era?
Estas interrogações apresentaram-se logo no espirito do matuto, que por impressão de natural superstição julgou ver na fórma vaga e indecisa que se agitava sorrateiramente, sinão o Valentão-da-Timbaúba, ao menos o seu espectro ou a sua alma malfazeja.
O vulto semelhava um cão e a uso deste animal, andava sobre quatro pés, posto que lentamente, acusando a intenção de illudir, pela brandura dos movimentos, o somno dos incautos.
Francisco, depois de detida observação, convenceu-se emfim de que o desconhecido era vivente e arrastava comsigo um volume tirado da bagagem commum.
Então todos os espiritos, um momento esmorecidos e vacillantes, voltaram a Francisco por ventura mais fortes e viris que d'antes. Quem estava alli não podia ser sinão um ladrão, um sucessor de Valentim no ignobil e torpe officio de defraudar os inoffensivos viajeiros, justamente quando, em lugar ermo e estranho, mais direito tinham á boa hospedagem dos moradores.
Desceu-se de manso e manso da rêde, armou-se