Página:Urupês (1919).pdf/93

Wikisource, a biblioteca livre
— 88 —

— De manhã foram encontrar a menina morta na cozinha, rente do pote d'agua. Arrastou-se até lá o anjinho que nem se mexer na cama podia, e morreu de sede diante da agua!...

— Quem sabe se...

— Não bebeu, não! O pote, em cima da caixa, ficava alto, e o côco estava tal e qual no logarsinho do costume. Não beheu, não. Morreu de... sede, o anjo!

Enxugou as lagrimas na manga.

— Agora vou no Liborio. Se elle me quizer, fico. Se não, sou bem capaz de me pinchar nesse rio. Este mundo não paga a pena...


Sol a pino.

Desanimo, lassidão infinita...