Quem viu mal como o meu sem meio ativo!
Aspeto
Quem viu mal como o meu sem meio ativo!
Pois no que me sustenta, e me maltrata,
É fero, quando a morte me dilata,
Quando a vida me tira, é compassivo.
Oh do meu padecer alto motivo!
Mas oh do meu martírio pena ingrata!
Uma vez inconstante, pois me mata,
Muitas vezes ctuel, pois me tem vivo.
Já não há de remédio confiancas;
Que a morte a destruir não tem alentos,
Quando a vida empenar não tem mudanças.
E quer meu mal dobrando os meus tormentos,
Que esteja morto para as esperanças,
E que ande vivo para os sentimentos.