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Questão de vaidade/X

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A obra de Pedro Eloy teve feliz resultado. Eduardo converteu-se ao dever, depois de um longo suplício.

Maria Luiza, cuja alma também morrera, refugiou-se no mais completo isolamento.

Quanto à família de Sara, nunca mais teve um momento das alegrias puras que a presença da querida menina lhe dava.

Eduardo, inteiramente outro do homem que fora antes, pôde desligar-se da companhia do amigo Pedro Eloy sem perigo para si.

De oito em oito dias fazia uma peregrinação ao cemitério de Maruí, onde repousavam os restos daquela que o amara até à morte.

Impôs-se esta visita, não só como dever, mas até para ter sempre à memória a tragédia doméstica em que fora protagonista.

De quando em quando, os dois amigos visitavam-se, mas comunicavam-se sempre por cartas, em que um mostrava toda a sua satisfação em ter convertido um homem e o outro a maior saudade do bem que pudera ter e a esperança de que a sua conversão teria em paga na eternidade a vista eterna da alma bem-aventurada de Sara.