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Só! (grafia original)

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Muito embóra as estrelIas do Infinito
Lá de cima me acenem carinhosas
E dêsça das esphéras luminosas
A doce graça de um clarão bemdito;

5Embóra o mar, como um revél proscripto,
Chame por mim nas vagas ondulosas
E o vento venha em coi eras medrosas
O meu destino proclamar n'um grito;


Neste mundo tão tragico, tamanho,
10Como eu me sinto fundamente estranho
E o amor e tudo para mim avaro!...

Ah! como eu sinto compungidamente,
Por entre tanto horror indifferente,
Um frio sepulchral de desamparo!