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Satan

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Capro e revél, com os fabulosos córnos
Na fronte real de rei dos reis vetustos,
Com bizarros e lubricos contórnos,
Eil-o Satan d'entre os Satans augustos.

Por verdes e por bacchicos adórnos
Vae c'roado de pampanos venustos
O deus pagão dos Vinhos acres, mórnos,
Deus triumphador dos triumphadores justos.


Archangélico e audaz, nos sóes radiantes,
Á purpura das glorias flammejantes,
Alarga as azas de relêvos bravos...

O Sonho agita-lhe a immortal cabeça...
E sôlta ao sóes e estranha e ondeada e espêssa
Canta lhe a juba dos cabellos flavos!