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Sem Esperança

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SEM ESPERANÇA

 

Ó candidos phantasmas da Esperança,
Meigos espectros do meu vão Destino,
Volvei a mim nas leves ondas do Hymno
Sacramental da Bemaventurança.

Nas verêdas da vida a alma não cança
De vos buscar pelo Vergel divino
Do céo sempre estrellado e diamantino
Onde toda a alma no Perdão descança.

Na volupia da dor que me transporta,
Que este meu ser transfunde nos Espaços.
Sinto-te longe, ó Esperança morta.

E em vão alongo os vacillantes passos
Á procura febril da tua porta,
Da ventura celeste dos teus braços.