Sexta-Feira Santa
Aspeto
Lua absíntica, verde, feiticeira,
Pasmada como um vício mosntruoso...
Um cão estranho fuça na esterqueira,
Uivando para o espaç fabuloso.
É esta a negra e santa Sexta-Feira!
Cristo está morto, como um vil leproso,
Chagado e frio, na feroz cegueira
Da morte, o sangue roxo e tenebroso.
A serpente do mal e do pecado
Um sinistro veneno esverdeado
Verte do Morto na mudez serena.
Mas da sagrada Redenção do Cristo,
Em vez do grande Amor, puro, imprevisto,
Brotam fosforescências de gangrena!