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Sobre o túmulo de um menino

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SOBRE O TUMULO DE UM MENINO.

25 de outubro de 1848.

O involucro de um anjo aqui descança,
Alma do céo nascida entre amargores,
Como flor entre espinhos! — tu, que passas,
Não perguntes quem foi. — Nuvem risonha,
Que um instante correu no mar da vida;
Romper da aurora que não teve occaso,
Realidade no céo, na terra um sonho!
Fresca rosa nas ondas da existencia,
Levada á plaga eterna do infinito,
Como off’renda de amor ao Deos que o rege;
Não perguntes quem foi, não chores: passa.