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Torre de Ouro (1893)

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Desta torre desfraldam-se altaneiras,
Por sóes de céus immensos broqueladas,
Bandeiras reaes, do azul das madrugadas
E do iris flammejante das poncheiras.

As torres de outras regiões primeiras
No Amor, nas Glorias vans arrebatadas,
Não elévam mais alto, desfraldadas,
Bravas, triumphantes, immortaes bandeiras.


São pavilhões das hóstes fugitivas,
Das guerras acres, sanguinarias, vivas,
Da luta que os Espiritos ufana.

Estandartes heróicos, palpitantes,
Vendo em marcha passar anniquilantes
As tôrvas catapultas do Nirvana !