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Tradução:Relato de Contos por Rebbe Nachman de Breslov/10

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Conto 10: O Comerciante e o Pobre

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Tradução:Relato de Contos por Rebbe Nachman/10

[Introdução; o sonho do burger e a esposa do pobre]

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Certa vez havia um grande negociante. Ele era muitíssimo rico. Ele tinha muitos negócios e seus contratos e suas cartas corriam mundo a fora. E ele tinha tudo de bom. E abaixo dele morava um homem pobre, que era um muito pobre homem. E ele tinha tudo ao contrário do que o grande comerciante (ou seja, totalmente o contrário, assim como o grande negociante era um grande rico, assim era ele, ao contrário, um grande pobre) e ambos não tinham nenhum filho. O grande negociante não tinha nenhum filho e assim o pobre homem também não tinha nenhum filho.

Certa vez o grande negociante sonhou que vieram uns homens e fizeram pacotes e pacotes. Então ele lhes perguntou: "o que vocês estão fazendo?" E eles lhe responderam, que eles queriam levar tudo para o pobre homem (ou seja, o pobre homem que morava abaixo dele, conforme mencionado). E isso muito o ressentiu e ele ficou muito irritado por eles quererem levar toda a sua riqueza para o pobre homem. E se enervar com eles não se podia pois eles eram muitos homens. E eles fizeram pacotes e pacotes de todas as suas posses, de todas as suas mercadorias e de todos os seus bens e levaram tudo para o pobre homem mencionado acima. E eles não deixaram nada com ele exceto as paredes vazias. E isso muito muito o irritou. Nesse ínterim ele acordou e viu que era um sonho. E apesar de ver que era apenas um sonho e que graças à D'-s todas as suas posses estavam com ele, apesar disso seu coração bateu muito e ele se irritou muito com o sonho. E o sonho não podia sair de sua mente. E o pobre homem (acima mencionado), com sua esposa, costumava o grande negociante, anteriomente, de cuidar deles ele costumava ajudá-los pessoalmente. E agora, depois do sonho ele cuidou deles mais do que antes. Porém, quando eles vinham em sua casa, o pobre homem ou sua esposa, a sua feição costumava se modificar (ou seja, se tornava modificada) e ele ficava temeroso deles por causa que ele costumava se lembrar do sonho. E eles, ou seja o pobre homem com sua esposa costumavam vir até sua casa e entravam e saíam de sua casa.

Certa vez veio em sua casa a esposa do pobre homem e ele deu à ela o que deu. E sua face se transformou e ele ficou muito perturbado. E ela lhe perguntou e lhe disse: "Eu peço, com vosso respeito, diga-me o que é isso de que quando nós vos visitamos vossas feições se modificam tanto?" E ele lhe contou toda a estória. Que ele tinha sonhado assim (conforme mencionado) e desde então o seu coração batia muito (conforme mencionado). E ela lhe respondeu: "Será que o sonho foi nessa e nessa noite (que ela lhe disse)?" E ele respondeu: "Sim, e o que é que tem?" E ela lhe respondeu: "Nessa noite eu também sonhei que era uma grande ricaça e que vinham homens até a minha casa e faziam pacotes e pacotes e eu lhes perguntei: "Para onde vocês estão levando isso?" E eles responderam: "Para o pobre homem" , (ou seja, para o grande negociante que eles já o chamavam agora de pobre homem) portanto por que você liga tanto para um sonho? Afinal, eu também sonhei!? Então o grande negociante ficou agora ainda mais perturbado e ficou assustado pois ele escutou o seu sonho também, pois parecia que iriam levar sua riqueza com seus bens para o pobre homem e que a pobreza do pobre homem eles lhe trariam. E ele ficou muito perturbado.

[A viagem das esposas e a captura da esposa do pobre; Resgate do Rico e do Juramento da Esposa do Pobre]

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E veio o dia e a esposa do grande negociante foi passear de charrete. E ela levou consigo outras esposas. E ela também levou consigo a esposa do pobre homem. E elas foram passear. Nesse ínterim, passou por lá um general com seus soldados. E elas saíram do caminho e os soldados então passaram por lá. E o general viu que viajavam mulheres e então ele ordenou que pegassem uma dela. E eles foram e pegaram a esposa do pobre homem. E eles a colocaram na charrete do general e viajaram com ela. Trazê-la de volta com certeza já não se podia, pois ele viajou adiante. Especialmente um general com seus soldados. E o general a levou, e viajou com ela até seu país. E ela era uma temente dos Céus (ou seja, ela tinha temor de D'-s) e não queria escutá-lo em nada e chorava muito, e eles muito pediam e insistiam com ela, porém ela era uma muito grande temente dos Céus. E elas (ou seja, a mulher do grande negociante com as esposas restantes) retornaram do passeio. E a mulher do pobre homem não estava lá. E o pobre homem chorou muito e batia com a cabeça na parede e sempre se lamentava muito pela sua esposa.

Certa vez o grande negociante passou pela casa do pobre homem. E ele ouviu como o pobre homem chorava amargamente e batia com a cabeça na parede. E grande negociante entrou em sua casa e lhe perguntou: "Por que você chora tão fortemente?" E ele lhe respondeu: "Por que eu não haveria de chorar? O que sobrou para mim? Para alguns sobra riqueza, para outros sobram crianças. Eu, não tenho nada. E a minha esposa também me levaram. O que sobrou para mim?" E o grande negociante muito se ressentiu no coração e teve uma grande piedade pelo pobre homem pois ele viu a sua amargura. E ele lamentou muito. Então ele foi (o grande comerciante) e fez uma coisa selvagem, que foi na verdade uma loucura. E ele foi e perguntou em que país morava o general. E viajou para lá. E fez uma coisa selvagem. E ele entrou dentro da casa do general. E lá onde estava o general se postavam guardas. E ele, devido à seu grande alvoroço, entrou lá repentinamente e nem viu os guardas. E os guardas ficaram atônitos e ficaram muito confusos, pois eles de repente viram um homem cerca deles em um grande alvoroço. E eles ficaram muito impressionados. "Como ele veio até aqui?" E devido ao alvoroço, todos os guardas deixaram e ele passou por todos os guardas até que chegou ao general, dentro de sua casa. Até o local onde ela estava deitada. E ele veio e ele acordou e lhe disse: "Levante-se". Assim que ela o viu ela ficou chocada. E ele lhe disse: "Venha imediatamente comigo". E ela foi com ele. E eles passaram por todos os guardas até que eles saíram. Mais tarde ele então se deu conta e se lembrou do que fizera. Uma coisa tão selvagem. E ele compreendeu que lá certamente logo se faria um grande rumor entre o general. E assim realmente ocorreu. Logo se fez um grumor entre o general.

E o grande negociante foi e se escondeu com ela em um poço onde lá tinha água de chuva. Até que o rumor passasse. E ele permaneceu lá com ela dois dias. E ela viu o sacrifício que ele fez por ela e o sofrimento que ele passava por ela e ela então jurou em nome de D'-s que toda a sorte que ela tivesse, talvez ela tivesse a sorte [1] de ter alguma grande grandeza e sucesso, que todo o seu sucesso não lhe seria evitado (ou seja, do grande negociante), e se ele quizesse levar todo o seu sucesso com sua grandeza e ela então ficasse como antes, que não lhe seria evitado nada. Entretanto como encontrar lá testemunhas? E ela então pegou o poço como testemunha.

Após dois dias ele saiu com ela de lá e caminhou adiante, e ele foi caminhando com ela mais e mais adiante e ele compreendeu que lá no local o estavam procurando. Então ele foi e se escondeu com ela outra vez em uma "mikva" (acumulação de água para o banho ritual de purificação). E ela lá se lembrou outra vez do sacrifício e do sofrimento que ele passava por ela. E ela novamente jurou, assim como antes, que toda a sua sorte etc..., conforme mencionado. E pegou a "mikva" como testemuha. E eles lá ficaram também aproximadamente dois dias. E eles saíram e seguiram adiante. E ele novamente compreendeu que também o procuravam lá, e ele novamente se escondeu com ela. E assim foi várias vezes, que ele cada vez se escondia com ela em um outro local, ou seja em sete locais de água. Ou seja, em um poço de água, em uma "mikva" conforme mencionados, em lagos, em uma fonte, em riachos, em rios e em mares. E em cada local onde eles lá se esconderam ela se lembrava sempre do seu sacrifício e do sofrimento que ele passava por ela e ela lhe jurava que sua sorte etc…, conforme mencionado. E ela toda vez pegava o local como testemunha, conforme mencionado. E eles foram seguindo assim e eles cada vez se escondiam nos locais (mencionados) até que eles chegaram no mar. Assim que eles chegaram no mar, e o grande negociante era um grande comerciante e ele conhecia os caminhos dos mares, ele então manobrou de forma a chegar até o seu país, até que ele viajou dessa forma e chegou em casa com a mulher do pobre homem. E ele a levou até o pobre homem. E lá se fez uma grande alegria.

[O filho do Rico e a filha do Pobre; o jogo; Ascensão do mendigo]

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E o grande negociante pelo mérito de ter feito uma coisa como essa e além disso, por ter passado por essa prova (por ter passado esse teste) com ela (ou seja, por ele ter tido temor à D'-s e não ter tocado nela), por isso ele foi Visitado (ou seja, Lembrado por D'-s) [nifkad; veja Gên. 21:1 etc.] e ele teve nesse ano um filho.

E ela também, ou seja a esposa do pobre homem, por ela ter passado por tamanha prova com o general e com ele, por isso ela foi privilegiada e teve uma filha. E ela era belíssima, de uma beleza muito grande que não era uma beleza humana, pois entre os homens não se encontra uma beleza como essa. E o mundo costumava falar: "Tomara que ela cresça", (pois uma tamanha novidade era difícil que crescesse), pois sua beleza era única. Que não se via assim pelo mundo. E o mundo costumava vir à sua casa e costumavam ir vê-la. E costumavam se impressionar muito por sua beleza que era muito muito única e costumavam enviá-la presentes todas as vezes por amizade e assim eles todos enviavam presentes. Até que o pobre homem ficou rico.

E o grande negociante, entrou em sua mente que iria propor um casamento com o pobre homem, por causa de sua grande beleza, que era uma novidade assim, e ele pensou consigo que talvez isso fosse a interpretação do sonho (que ele sonhara) que levavam dele para o pobre e do pobre homem traziam para ele, conforme mencionado, talvez isso significasse que eles se juntariam através do casamento, e eles então se unificariam através do casamento.

Certa vez a esposa do pobre homem veio até a casa do grande negociante. E ele lhe disse que tinha vontade de fazer com ela um casamento dos filhos e talvez assim o sonho se realizasse, conforme mencionado. E ela respondeu: "Eu também tive isso na mente, só que eu não tive nenhum atrevimento de falar com você sobre isso, que eu fizesse contigo um casamento dos filhos. Porém se você quizer eu certamente concordarei e eu certamente não evitarei de ti, pois eu te jurei que todos os meus bens e todo o meu sucesso não seria evitado de ti". E o filho (do grande negociante) e a filha ambos estudavam línguas e outras coisas em uma escola, assim como era o costume entre eles. E a filha, costumavam vir vê-la devido à grande novidade e todos enviavam presentes até que o pobre homem ficou rico.

E ministros costumavam vir vê-la. E ela muito lhes agradava. E a sua beleza era para eles uma novidade única, pois não era completamente uma beleza humana. E devido à sua grande beleza única, os ministros propunham à seus filhos de fazer um casamento com o pobre homem. E um ministro que tinha um filho teve vontade de casá-lo com ela, porém não lhe é agradável fazer um casamento com ele (ou seja, com o pobre homem) por isso eles foram forçados a se esforçar em tornar esse homem (ou seja, o pobre homem) grande. E eles providenciaram para que ele entrasse no serviço do imperador [Iíd. keisar < Lat. Caesar].

E ele se tornou inicialmente um tenente [Rus. práporshchik, o mais baixo posto militar < Slav. prápor bandeira]. Depois subiu subiu cada vez, pois eles providenciavam de elevá-lo cada vez mais até que ele rapidamente se tornava cada vez mais e mais elevado. Até que ele se tornou um general e os ministros então já queriam formam um casamento para ele, só que haviam muitos ministros que queriam isso [deroyf gefalen lit. caído nele]. Pois muitos ministros tiveram essa idéia se esforçaram em elevá-lo cada vez mais (por isso ele não pode formar um casamento com nenhum deles) e fora isso ele não podia formar um casamento com ninguém por causa do grande negociante.

Pois já tinham conversado que iriam formar um casamento com ele. E o pobre homem, que já se tornara um general, continuou cada vez mais e mais a ser muito bem sucedido, e o imperador costumava enviá-lo à guerras e ele era sempre muito bem sucedido. E imperador o elevava mais e mais ainda, cada vez mais e ele era sempre muito bem sucedido até que o imperador faleceu. E todo o país concordou que eles o fariam imperador, e se juntaram então todos os ministros e todos concordaram que ele fosse o imperador. E ele se tornou imperador (ou seja, o pobre homem mencionado acima já se tornara imperador) e ele lutava em batalhas e ele era muito bem sucedido. E ele conquistou países e ele continuou lutando batalhas e era sempre bem sucedido. E cada vez continuava conquistando países até que os países restantes eles mesmos se entregaram à ele de boa vontade, pois eles viram que o seu sucesso era muito grande. Que toda a beleza do mundo e toda a sorte do mundo estava com ele. E todos os reis se reuniram e concordaram que ele fosse o imperador de todo o mundo. E eles lhe deram uma carta com letras de ouro[2].

[O ex-Pobre Imperador renega a partida, mas sua esposa adere; Os planos do imperador para derrubar o Rico e eliminar seu filho]

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E o imperador (ou seja, o pobre homem que se tornara imperador sobre todo o mundo) já não queria mais, agora, formar um casamento com o grande negociante. Pois não é próprio de um imperador de formar um casamento com um grande negociante. E sua esposa, a imperatriz, ela não se afastou do grande negociante (ou seja, ela se manteve firme com o grande negociante pois ele se sacrificou por ela, conforme mencionado). E o imperador viu que ele não podia formar nenhum casamento devido ao grande negociante, em particular por sua mulher estar tão firme com ele, por isso começou a pensar pensamentos ruins sobre o grande negociante. E no começo pensou em torná-lo pobre e então fez manobras de tal maneira que não parecesse que fosse ele e tudo providenciou para danificá-lo. E um imperador certamente pode fazer isso. E foram lhe causando cada vez prejuízos e foram lhe causando perdas financeiras até que ele se tornou pobre. E ele se tornou um pobre homem. E ela, a imperatriz, estava sempre firme com o grande negociante.

Depois disso, o imperador viu que todo o tempo em que o filho vivesse (ou seja, filho do grande negociante) ele não poderia fazer nenhum casamento. Então o imperador se esforçou afastar o jovem do mundo. E ele pensou pensamentos de como afastá-lo, e ele colocou sobre ele calúnias e colocou juízes para julgá-lo. E os juízes entenderam que a vontade do imperador era de afastá-lo mundo e então deram a sentença de que o colocassem em um saco (ou seja, o jovem, o filho do grande negociante) e jogassem ao mar.

[A imperatriz salva o filho do Rico; A filha dela envia uma nota para ele em cativeiro; Ele escapa e fica alojado sozinho em um deserto]

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E a imperatriz, estava com coração repleto de dor por isso, porém até mesmo a imperatriz nada pode fazer contra o imperador. Então ela foi até os encarregados que foram encarregados (foram estabelecidos) de jogá-lo ao mar, e ela veio até eles e se jogou à seus pés e muito lhes implorou que eles fizessem esse favor para ela e que eles o deixassem ir, pois por que ele deveria morrer? E ela muito lhes implorou que eles pegassem um prisioneiro que estivesse sentenciado de morte e que eles o jogassem no mar e que deixassem o jovem ir. E ela conseguiu isso com eles e eles lhe juraram queles o deixariam. E eles assim fizeram. E eles pegaram um outro homem e o jogaram ao mar. E ele, eles o deixaram. E lhe disseram: "Vá, vá" ele se foi. E o jovem, que era dono de raciocínio [bar da`at, lit. "filho do conhecimento"], se foi.

Antes disso, ou seja, antes que o rapaz se fosse, a imperatriz foi e chamou sua filha e lhe disse assim: "Minha filha. Saibas que o filho do grande negociante é o teu noivo". E ela lhe contou toda a estória que acontecera com ela e "como o grande negociante se sacrificou por mim e como ele esteve comigo nos sete locais (ou seja, nos sete tipos de água ) e eu cada vez jurei para ele por D'- s que todos os meus bens não lhe seriam negados. E eu peguei os sete locais como testemunhas (ou seja, o poço, a "mikva" e todos os sete tipos de água). Portanto, agora, você é toda a minha riqueza e toda a minha sorte e meu sucesso. Você é certamente dele e o seu filho é teu noivo. E o teu pai, devido à sua grandeza, quer matá-lo por nada. E eu já me esforcei em salvá-lo e consegui que o deixassem. Por isso, saibas que ele é o teu noivo (ou seja, o filho do grande negociante) e você não deve querer nenhum outro noivo no mundo". E a filha aceitou as palavras da mãe pois ela também era uma temente aos Céus, e ela respondeu à mãe que ela certamente iria observar suas palavras.

E a filha foi e enviou uma carta para o filho do grande negociante até a prisão, que ela estava firme com ele e que ele era o seu noivo. E ela lhe enviou algo assim como um de mapa e ela desenhou lá todos os locais onde sua mãe se escondeu com o seu pai os quais são as sete testemunhas. Ou seja, o poço, a "mikva" e os restantes, conforme mencionados. Ou seja, ela desenhou assim como um poço e assim como uma "mikva" e assim os restantes, os sete tipos de águas. E ela muito muito lhe recomendou que ele muito muito guardasse a carta. E ela assinou em baixo. Mais tarde aconteceu conforme decrito anteriormente. Os encarregados pegaram um outro homem e ele, eles o deixaram. E ele se foi.

E ele ia e ia até que ele chegou ao mar. Então ele sentou em um barco e se foi mar à dentro. E então veio um grande vento tempestuoso e carregou o barco até a costa onde lá estava um deserto (ou seja, uma terra desolada), e devido ao grande vento o barco se quebrou, porém as pessoas do barco se salvaram e elas saíram para a terra. E lá havia um deserto e as pessoas do barco foram procurar algo para comer. Cada um procurou algo para comer, pois nesse local não era costume que passassem navios. Pois era um deserto. Por isso eles não esperavam que algum barco viesse até lá e que eles pudessem voltar às suas casas. E eles foram lá, no deserto, procurar por comida. E eles se dispersaram, aqui e ali cada um separadamente. E o jovem foi pelo deserto. E ele foi e foi até que ele se afastou da costa. E ele então quiz voltar e ele já não podia. E quanto mais ele queria voltar mais se afastava até que ele viu que ele já não podia mais voltar. Então ele foi e foi no deserto. E ele tinha na mão um arco com o qual ele se protegia dos animais selvagens do deserto. E onde ele ia lá ele encontrava algo para comer. E ele assim foi indo e indo até que ele saiu do deserto. E ele chegou em um local que era um local vazio. E lá tinha água e árvores cheias de frutas. E ele comeu das frutas e da água. E ele pensou com sua mente que ele lá ficaria enquanto vivesse. Pois de mãos vazias já lhe era difícil voltar ao povoado. E quem poderia saber se ele chegaria em um local como esse, caso ele deixasse esse local e saísse de lá. Por isso ele quiz se estabelecer lá e lá viver sua vida.

[O imperador procede a fazer outras propostas de pretendentes para sua filha e faz para ela uma côrte; Ela é cortejada, mas se recusa]

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Pois lá lhe era bom pois ele tinha as frutas para comer e água para beber. E de vez em quando ele costumava ir e costumava atirar com seu arco em um coelho ou um veado e então ele tinha carne para comer. E ele costumava pegar peixe lá, pois lá tinha muito bom peixe dentro da água. E lhe agradou que ele lá passasse seus anos. E o imperador, depois que a sentença do filho do grande negociante já fora realizada ele já se livrara dele (pois o imperador pensava que realmente já se fizera a sentença com o jovem e ele já não estava mais no mundo), agora então ele já podia fazer um casamento com sua filha.

Então começaram a fazê-la propostas de casamento, com esse rei e com esse rei. E ele lhe fez um pátio, assim como era costume, e ela lá ficou. E ela pegou para si moças acompanhantes, filhas de ministros, para ficar com ela. E ela lá ficou. E ela costumava tocar instrumentos musicais assim como era o costume. E quando a propunham casamento ela sempre respondia que ela não queria conversar, ou seja, que falassem sobre o casamento. Apenas que ele mesmo viesse (ou seja, esse que a queria desposar). E ela era muito talentosa na sabedoria da música (ou seja, na sabedoria de recitar belas canções com grande inteligência). E ela arrumou, com talento, um local para que ele chegasse no local (ou seja, esse que a quizesse desposar) e ele se colocasse contra ela e que ele cantasse um canto, ou seja um canto de desejo, assim como aquele que deseja falar com a desejada (ou seja, palavras de amor). E reis vieram lhe propor casamento e eles iam até o local e eles recitavam cada um o seu canto.

E para alguns ela enviava uma resposta através de suas acompanhantes, também através de um canto e com amor. E para alguns que mais lhe agradavam ela mesma lhes respondia e ela elevava a sua voz com um canto e ela lhes respondia com palavras de amor. E para alguns que lhe agradavam mais ainda ela se mostrava para eles face a face. E ela mostrava a sua face e ela lhes respondia um canto de amor. E para todos ela sempre terminava no final: "As águas, entretanto, não fluíram para ti [Di vassern zenen aber iber dir nit ariber gigangen]" E ninguém entendia o que ela intencionava dizer. E quando ela mostrava sua face eles costumavam cair no chão por causa de sua grande beleza que era muito muito especial. E apesar disso, apesar de eles enlouquecerem e se tornarem fracos, apesar disso os reis costumavam vir para lhe propor casamento. E ela respondia à todos conforme mencionado acima.

[O filho do Rico busca a carta; a carta está perdida e ele busca uma solução; Três reis o traem]

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E o filho do grande comerciante mencionado acima, sentou-se lá no local (conforme mencionado) e fez para si lá um local para ficar. E ele lá se estabeleceu. E ele também sabia tocar e ele sabia a arte do canto. E ele escolheu para si árvores que podiam se fazer delas instrumentos musicais (ou seja, instrumentos com os quais se tocam), e ele fez para si instrumentos musicais. E das veias dos animais ele fez para si cordas musicais. E ele costumava tocar. E ele costumava levar a carta que ele possuía, que ela lhe enviara (no tempo em que ele esteve na prisão), e ele cantava e tocava e ele se recordava do que ocorrera com ele, e como o seu pai era um grande comerciante etc... e agora ele fora jogado até aqui. E ele foi e pegou a carta e fez um sinal em uma árvore e ele fez lá, nessa árvore, um local e lá escondeu a carta. E ele lá sentou-se um tempo.

Certa vez houve um grande vento tempestuoso e ele quebrou todas as árvores que lá estavam, e ele então não pode reconhecer a árvore onde ele escondera a carta, pois quando as árvores estavam lá nos seus lugares, ele tinha um sinal para reconhecer, porém agora que elas caíram, a árvore se misturou com as árvores restantes que lá estavam e que eram muitas e ele então já não podia mais reconhecer árvore e era impossível que se quebrassem todas as árvores e se procurasse a carta pois haviam muitas árvores. Ele então chorou muito e ficou muito ressentido. E ele compreendeu que se ele permanecesse lá ele certamente enlouqueceria devido ao grande sofrimento que ele teve.

Então ele pensou consigo que ele deveria ir adiante e o que acontecesse com ele que acontecesse. Partir ele precisava, pois ele já estava em muito perigo devido ao grande sofrimento. E ele levou consigo carne e frutas em um saco e ele partiu para onde quer que fosse. E ele fez para si sinais no local de onde ele partira e ele foi indo até que ele chegou em um povoado. E ele perguntou: "Que país é esse?", e lhe responderam. E ele perguntou se escutava-se aqui sobre o imperador e lhe responderam que sim. E ele perguntou se escutaram de sua filha, de grande beleza. E lhe responderam que sim, só que ninguém podia formar um casamento com ela (conforme mencionado, pois ela não queria ninguém, conforme mencionado). E ele então pensou consigo, que ele já não poderia chegar até lá, então ele foi até o rei do país e lhe contou tudo o que tinha no coração e que ele era o seu noivo e por causa dele ela não queria casar com ninguém, e por causa que ele não podia ir até lá ele então daria todos os sinais que ele tinha para o rei, ou seja, os sete tipos de águas, conforme mencionado, e que o rei fosse para lá e que se casasse com ela e o rei por isso lhe daria dinheiro.

E o rei reconheceu que suas palavras eram verdadeiras, pois não se podia inventar algo assim do coração, e o rei gostou disso. Só que o rei pensou consigo que se ele a trouxesse para cá e se o jovem estivesse ali então não seria bom para ele. Matá-lo ele não queria fazer uma coisa assim pois por que iria matá-lo, pela bondade que fizera com ele? Portanto rei pensou que iria baní-lo à uma distância de duzentas milhas. E ele muito ressentiu por terem-no banido por ele ter feito uma tamanha bondade, como a que ele fizera para ele. Então ele foi até um outro rei e também lhe disse assim, conforme mencionado (ou seja, o jovem, filho do grande negociante por ter se ressentido pelo fato de o primeiro rei tê-lo banido, foi então até um outro rei e também lhe contou toda a estória, com todos os sinais para que o outro se apressasse em desposar a bela moça), e lhe passou todos os sinais. E para esse outro ele acrescentou mais um sinal e lhe disse e lhe apressou para que ele fosse logo, pois talvez ele pudesse ultrapassar o outro rei e então chegar lá antes. E mesmo que ele não chegasse antes ele tinha um sinal a mais do que o primeiro. E o outro também pensou consigo mesmo assim como o primeiro (que não lhe era bom que o jovem ficasse ali). E o outro rei também o baniu até duzentas milhas adiante. E ele novamente ficou muito ressentido e ele foi novamente até um terceiro (ou seja, o jovem, o filho do grande negociante foi novamente até um rei que já era o terceiro, e também lhe disse assim, conforme mencionado, toda a estória). E para o terceiro ele passou mais sinais muito bons sinais.

E o primeiro rei, mencionado acima, se levantou e viajou imediatamente para lá e chegou lá no local da filha do imperador, conforme mencionado, ou seja, a bela moça. E o rei lhe fez uma canção e colocou na canção, com inteligência, todos os locais, ou seja, as sete testemunhas descritas (ou seja, os sete tipos de águas que era o principal sinal que ela tinha do seu noivo, conforme descrito). Porém, de acordo com a disposição racional da canção, os sete locais foram colocados fora de ordem (ou seja, por exemplo, ele precisava dizer primeiro o poço e depois "mikva" etc… e ele disse o contrário), pois assim lhe vieram de acordo com a lógica da canção. E o rei chegou até o local (ou seja, ao local onde quem queria se casar com ela precisava ir para lá e cantar uma canção com sabedoria, conforme mencionado), e ele cantou sua canção. E assim que ela ouviu os locais (ou seja, os sete tipos de águas) isso foi para ela uma novidade única. E ela achou que esse era certamente seu noivo, só que lhe era duro por que ele não os dissera na ordem? Porém apesar disso ela pensou consigo que talvez por causa da lógica da canção lhe veio essa ordem. E ela se convenceu no coração que esse era ele próprio. E ela lhe escreveu que ela estava noiva dele. Então se fez uma grande alegria e alarde.

Nesse ínterim veio o outro (ou seja, o outro rei ao qual o jovem também dissera todos os sinais e um sinal a mais, conforme mencionado) e esse outro também se apressara para lá. E lhe disseram que ela já tinha ficado noiva. E ele não ligou para isso e disse que apesar disso ele tinha algo que ele queria lhe dizer e que certamente funcionaria. E ele veio (ou seja, o outro rei) e cantou a sua canção. E esse outro já tinha organizado todos os lugares na ordem correta e fora isso ele deu mais um sinal. E ela então lhe perguntou de onde o primeiro sabia. Dizer-lhe a verdade não era bom para ele (ou seja, o outro pensou consigo, que não poderia dizer-lhe a verdade, que o jovem tinha dito para o primeiro, pois isso não lhe servia, que ela soubesse disso), e ele lhe respondeu que ele não sabia (de onde o primeiro sabia os sinais). E isso foi para ela uma novidade única. Ela se quedou confusa, pois o primeiro também lhe havia dito todos os lugares, e de onde uma pessoa poderia saber os sinais? Porém, apesar disso ela achou que o outro era o seu noivo, pois ela viu que ele contou na ordem e fora isso ele lhe deu mais um sinal. E o primeiro, pode ser que lhe aconteceu, através da lógica da canção, de ele ter conseguido mencionar os locais. Porém ela já permanecera prostrada (ou seja, ela já não podia mais se dar nenhum conselho e ela permaneceu prostraca e já não queria mais casar com ninguém) .

E o jovem, o filho do grande comerciante, assim que o outro rei lhe banira, ficou novamente muito ressentido e foi até um terceiro e também lhe disse todo o ocorrido, conforme mencionado, e ele lhe disse mais sinais, muito bons sinais. E para terceiro ele também disse tudo que tinha no coração, que ele tinha uma carta onde estava desenhado todos os locais (ou seja, os sete tipos de águas), e portanto que ele também copiasse para si em um papel todos os locais e o levasse para ela. E o terceiro rei também enviou o jovem duzentas milhas mais adiante. E o terceiro também se apressou para lá. E lá chegou lhe disseram que já estavam lá os dois (ou seja, os dois reis mencionados). E ele respondeu, mesmo assim, pois ele tinha algo assim que ele certamente teria sucesso. E o mundo não sabia porque ela queria esses mais do que aos outros. E o terceiro também chegou e cantou a sua canção comuitos bons sinais, melhores do que os primeiros e ele mostrou a carta (ou seja, onde ele mesmo desenhara os locais) com todos os locais desenhados. E ela ficou muito atônita (ou seja, amedrontada e confusa), só que ela já não podia fazer mais nada. Pois o primeiro também a convencera que era ele próprio e depois disso o outro. Por isso ela disse que ela já não acreditaria até que trouxessem a sua própria carta. Mais tarde, pensou consigo mesmo o jovem (ou seja, o filho do grande negociante), quando continuariam enviando-o adiante. Então ele pensou consigo que ele mesmo iria para lá (ou seja, até a filha do imperador), talvez ele fosse bem sucedido. E ele foi e foi até que chegou lá. E ele disse que ele tinha algo que certamente faria sucesso. E ele chegou e cantou a sua canção. E ele disse mais sinais, muito bons sinais. E ele lembrou lhe que ele estudara com ela em uma escola. E outros sinais. E ele lhe disse tudo: que ele enviara os reis, mencionados acima, e que ele escondera a carta em uma árvore, e tudo o que passou com ele. Porém ela não ligou para nada disso. (E os três primeiros reis certamente também tiveram que dar uma razão porque eles não tinham essa carta). E reconhecê-lo, certamente não era possível, pois ele já tinha partido havia um longo tempo. E ela já não queria ver nenhum sinal, até que lhe trouxessem a carta escrita por sua própria mão.

[O jovem vai por si mesmo, mas ela não se importa e ele volta ao seu lugar no deserto]

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Pois para o primeiro ela também pensou que era certamente ele, e assim para o outro etc..., por isso ela já não queria nenhum sinal etc..., conforme mencionado. E o jovem (ou seja, o filho do grande negociante) pensou consigo mesmo, que ele não podia ficar lá nem um pouco (ou seja, ele não podia ficar lá, pois talvez caso soubessem que ele estava lá então o imperador o mataria, conforme mencionado anteriormente), então ele pensou consigo que ele iria voltar novamente ao seu local no deserto, onde ele esteve anteriormente, e lá ele viveria seus anos de vida. E ele foi e foi visando chegar no deserto. E ele lá chegou no deserto, mencionado acima. Nesse ínterim, em que tudo isso ocorreu com ele, se passaram muitos anos, e no jovem ficou a idéia de permanecer lá no deserto e de passar lá seus anos de vida. De acordo como ele concebia toda a vida do homem nesse mundo, ficou claro em sua mente que era bom passar lá no deserto os seus anos, e ele lá permaneceu e comeu dos frutos etc..., conforme mencionado.

[Um assassino a seqüestra; Ela chega ao local do jovem]

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E no mar havia um assassino. E o assassino ouviu que havia uma moça tão bela no mundo, e ele quiz então capturá-la. Apesar de ele não precisar dela, pois ele era um eunuco, porém ele queria capturá-la pois queria vendê-la à um rei e receber por ela muito dinheiro. E o assassino começou a se ocupar com isso (ou seja, para quele pudesse capturá- la). E o assassino é um abandonado, e ele se auto abandonou, se funcionasse, funcionaria e senão, o que ele perderia, pois ele era um abandonado, assim como é o modo de um assassino. E o assassino foi e comprou muitas mercadorias, extremamente variadas. E ele fez pássaros de ouro e eles eram feitos com técnicas tais que parecia que eles viviam. Eles eram naturais, exatamente como pássaros vivos. Também fez espigas de ouro e os pássaros ficavam nas espigas e isso por si só era uma novidade, como o pássaro ficava na espiga e a espiga não quebrava. Pois eram grandes pássaros. E ele também utilizou técnicas tais que dava a impressão de que os pássaros cantavam, um deles batia, um deles assobiava e o outro cantava. E isso tudo era feito com truques. Pois pessoas ficavam ali em um quarto que havia no barco e as pessoas ficavam por trás dos pássaros, e as pessoas faziam tudo isso. E parecia que os pássaros mesmos cantavam. Pois eles eram feitos com fios invisíveis, com técnicas que dava a impressão de que os pássaros mesmos faziam tudo isso.

E o assassino foi com tudo isso até o país em que a filha do imperador, mencionada acima, lá estava. E ele chegou na cidade onde ela estava. E ele parou com o seu navio no mar e ancorou o navio e se fez de grande comerciante. E costumavam vir até ele comprar mercadorias caras. E ele lá permaneceu um tempo, um pouco mais de um quarto de ano, e todos usavam suas belas mercadorias que compraram com ele.

a filha do imperador também teve vontade de comprar mercadorias com ele. Então ela lhe enviou para que ele trouxesse mercadorias até ela. Então ele enviou para ela, que ele não precisava de levar mercadorias para a casa do comprador, mesmo sendo ela a filha do imperador. E quem precisasse de mercadoria que viesse até ele. E ninguém pode forçar um comerciante. Então a filha do imperador pensou consigo mesma que ela iria até ele. E o seu costume era de que quando ela costumava ir ao mercado, ela costumava cobrir a face, para que não a vissem, pois pessoas podiam cair e ficarem fracas etc... por causa de sua beleza, conforme mencionado. E a filha do imperador foi e cobriu a face, e levou consigo suas acompanhantes, e uma guarnição [Iíd. vakh guarda, lit. vigília; um esquadrão de guardas] também a acompanhou. E ela chegou até o comerciante (ou seja, até o assassino que se fazia passar por comerciante) e comprou mercadorias com ele. E ela se foi. E ele lhe disse (ou seja, o assassino, o comerciante) : "Se você voltar novamente eu te mostrarei mais belas coisas, coisas muito maravilhosas". E ela voltou para casa. Mais tarde ela outra vez veio e comprou mercadorias com ele e novamente voltou para casa. E o comerciante permaneceu lá um tempo. Nesse ínterim a filha do imperador já se tornara habituada a ficar com ele, ela costumava sempre ir até ele. 

Certa vez ela veio até ele e ele foi e lhe abriu o quarto onde lá se encontravam os pássaros de ouro etc..., e ela viu que era uma novidade muito especial. E as outras pessoas que estavam com ela (ou seja, a guarnição etc...) também quizeram entrar no quarto. Então ele disse: "Não, não. Isso eu não mostro para ninguém, exceto para você, pois você é a filha do imperador, porém para outra pessoa eu não quero mostrar isso completamente". Então ela entrou lá sozinha. E ele também entrou no quarto, e ele trancou a porta. Então com simplicidade, e pegou um saco e a colocou forçosamente dentro do saco. E ele lhe retirou toda a roupa e ele vestiu as roupas em um marinheiro e ele lhe cobriu o rosto e o empurrou para fora e lhe disse: "Vá!" E o marinheiro não sabia nada do que estavam fazendo com ele e logo que ele saiu, e sua face estava coberta, e os soldados (ou seja, a guarnição) não sabiam, eles então começaram caminhar com ele imediatamente. E eles pensaram que esse era a filha do imperador. E o marinheiro foi com os guardas até onde eles o conduziram e ele não sabia por completo onde ele estava no mundo, até que ele chegou no quarto onde a filha do imperador lá permanecia. Eles então descobriram sua face e viram que era um marinheiro. E lá se fez um alarde selvagem. (E o marinheiro, he bateram no rosto e o expulsaram pois ele não tinha nenhuma culpa, pois não sabia de nada).

E o assassino capturou a filha do imperador. E ele sabia que iam certamente persegui-lo. Então ele saiu do navio e se escondeu com ela em um poço onde lá tinha água de chuva até que o alarde cessasse. E aos marinheiros do navio ele lhes disse que levantassem imediatamente as âncoras fugissem imediatamente, pois iriam certamente persegui-los imediatamente, e que atirar no navio eles certamente não o fariam por causa da filha do imperador, pois eles pensariam que ela está lá no navio, só que eles apenas iriam persegui-los e portanto eles deveriam fugir imediatamente. E se os capturassem o que importa! Assim como é o jeito dos assassinos, eles não ligam nada para eles mesmos (ou seja, eles se abandonam). E assim foi. Se fez um grande alarde e eles logo os perseguiram, só que não a encontraram lá. E o assassino se escondeu com ela em um poço de águas pluvias e eles lá permaneceram. E ele a amedrontava para que ela não gritasse, para que as pessoas não os ouvissem. E ele lhe disse assim: "Eu me sacrifiquei por ti para te capturar e caso eu te perca novamente, a minha vida não significará mais nada para mim, pois desde que você já está em minhas mãos, se eu perdê-la novamente, e se tirarem você de mim, então a minha vida já não significará mais nada para mim, portanto assim que você der um grito eu te enforco imediatamente, e o que se fizer de mim que se faça, pois eu para mim já não significo nada. E ela teve medo dele (ou seja, a filha do imperador, que estava no poço com assassino teve medo de gritar pois o assassino a amedrontara).

Mais tarde ele saiu de lá com ela. E ele a conduziu atá a cidade e eles foram e foram e chegaram em um local. E o assassino compreendeu que lá também o procuravam. Então ele novamente se escondeu com ela, em uma "mikva". E mais tarde ele também saiu de lá e chegou em um outro local e ele lá também se escondeu com ela em uma outra água e assim ele se escondeu com ela em todos os sete tipos de águas em que o grande comerciante se escondera com sua mãe, conforme mencionado. Os quais eram as sete testemunhas, mencionadas anteriormente. Até que ele chegou com ela no mar. E o assassino lá procurou até mesmo por um pequeno barco de pescadores para poder atravessar com ela. E ele encontrou um barco e ele levou a filha do imperador. E ele não precisava dela pois ele era um eunuco, conforme mencionado. Ele apenas queria vendê-la para um rei, e ele tinha receio que talvez a levassem dele. Então ele foi e vestiu-a de marinheiro e ela então parecia um homem. E o assassino viajou com ele pelo mar (ou seja, com a filha do imperador que nós a chamamos no masculino pois o assassino assim a vestiu, conforme mencionado).

E veio um vento tempestuoso e jogou o barco até a costa e o barco se quebrou e eles chegaram até a costa onde lá estava o deserto onde lá se encontrava o jovem, conforme mencionado. Assim que eles lá chegaram, e o ladrão era perito em caminhos assim como é o costume deles e ele sabia que lá era uma terra desértica onde nenhum barco passava por lá e por isso ele já não tinha nenhum receio de nenhuma pessoa, então ele a soltou. E eles caminharam (ou seja, o assassino e a filha do imperador) um para cá e o outro para lá para procurar algo para comer. E ela se afastou do ladrão. E o ladrão foi pelo seu caminho e ele viu que ela não estava lá ao seu lado. Então ele começou a gritar por ela. E ela pensou consigo mesma e nada lhe respondeu pois ela raciocinou consigo: "Meu fim é que ele vai me vender então para que eu vou lhe responder? Se ele vier novamente até mim, então eu lhe responderei que eu não escutei, em particular por não ser o seu desejo de me matar pois ele quer me vender". Então ela não lhe respondeu. E ela continuou indo adiante. E o ladrão a procurou aqui e ali e ele não a podia encontrar. E provavelmente animais selvagens a comeram.

E ela caminhava adiante adiante e ela achava algo para comer. E ela assim foi caminhando até que ela chegou ao local onde lá estava estabelecido o jovem mencionado anteriormente (ou seja, o filho do grande comerciante, conforme mencionado). E ela já tinha os cabelos crescidos e fora isso ela estava vestida como um homem, com as roupas de um marinheiro, conforme mencionado, então eles não se reconheceram um ao outro. E assim que ela chegou ele ficou feliz por lá ter chegado outra pessoa. E ele lhe perguntou: "De onde você vem"? E ela lhe respondeu: "Eu estive com um comerciante pelo mar etc…". E ela lhe perguntou: "De onde você veio até aqui?" E ele também lhe respondeu: "Através de um comerciante". E eles ambos permaneceram lá.

[A Imperatriz e o conflito do imperador, seu banimento e seu declínio; Reversão do Banimento; a imperatriz traz de volta o Rico e sua esposa]

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E depois que a filha do imperador foi capturada do imperador, conforme mencionadoa imperatriz muito se lamentou e ela batia com a cabeça pelas paredes pela perda de sua filha. E ela causava muito sofrimento ao imperador com suas palavras. Ela lhe dizia: "Por causa da tua grandeza você destruiu o jovem, e agora a nossa filha se perdeu". E ela dizia: "Ela era toda a nossa sorte e todo o nosso sucesso, agora levaram-na de mim, o que sobrou de mim agora?" E ela muito o fazia sofrer. E para ele mesmo era certamente muito amargo de a filha ter se perdido, e fora isso a imperatriz muito o fazia sofrer e muito o irritava. E haviam grandes brigas e irritações entre eles. E ela costumava lhe dizer palavras maldosas até que ela muito o irritou até que ele ordenou de baní-la. E ele colocou juízes para julgá-la, e eles sentenciaram que ela fosse banida. E a baniram. Mais tarde o imperador enviou suas tropas para a guerra e eles não foram bem sucedidos. E ele culpou um general: "Por você ter feito assim, por isso você perdeu a guerra!" E ele então baniu o general. Mais tarde ele novamente enviou as tropas para a guerra e novamente não foi bem sucedido e ele novamente baniu o general e assim ele baniu vários generais. E o país então viu que ele fazia coisas selvagens, primeiro ele baniu a imperatriz, depois os generais. Então eles pensaram (ou seja, o país): "Talvez façamos o contrário, enviar atrás da imperatriz e ele nós o baniremos e a imperatriz dirigirá o país!" E eles assim fizeram. E baniram o imperador. E trouxeram a imperatriz de volta e ela dirigiu o país. E a imperatriz enviou imediatamente para que trouxessem de volta novamente o grande comerciante com sua esposa, a grande comerciante (à quem o imperador empobrecera e os tornara pobres pessoas, conforme mencionado), e ela os colocou no seu palácio.

[A libertação e a chegada do imperador ao mesmo deserto que o jovem e sua filha]

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E o imperador, assim que foi banido foi e pediu aos que o conduziram para que eles o deixassem, "pois apesar de tudo eu fui o vosso imperador e eu vos fiz certamente muitos favores, então agora, façam isso por mim e deixem-me ir pois eu certamente já não voltarei mais para o país e vocês não têm do que temer. Deixem-me, deixem-me ir, deixem-me pelo menos ficar livre essa pouca vida que eu ainda tenho para viver". E eles o deixaram. E ele foi indo e indo. Nesse ínterim se passaram vários anos, e o imperador ia caminhando e caminhando até que ele chegou no mar. E o vento também quebrou o barco e ele também chegou até o deserto, mencionado anteriormente. Até que ele chegou ao local onde eles ambos estavam estabelecidos (ou seja, o jovem, o filho do grande comerciante e sua filha a bela moça que se vestia como homem). E eles não se reconheceram uns aos outros, pois o imperador já estava coberto de cabelo e já se passaram vários anos e eles também já estavam cobertos de cabelo, conforme mencionado. E eles lhe perguntaram: "De onde você veio até aqui?" E ele lhes respondeu: "Através de um comerciante". E assim também eles lhe responderam. E os três lá permaneceram juntos. E lá comeram e beberam, conforme mencionado. E eles lá tocaram instrumentos musicais, pois eles todos sabiam tocar, pois ele era um imperador e eles também sabiam tocar.

E ele, ou seja o jovem, ele era o mais experiente [Iíd. beryeh] entreles, pois ele já estava lá há muito tempo. E ele costumava lhes trazer carne e eles comiam. E eles lá costumavam queimar árvores que eram mais caras do que ouro no povoado. E o jovem costumava convencê-los de que lá era bom para passar os anos, comparado com o bem que as pessoas tinham do mundo, no povoado. Era melhor que eles permanecessem lá e que lá passassem a vida. E eles lhe perguntaram: "Que bem você teve para você dizer que aqui é melhor para você?" E ele lhes repondeu, e lhes contou o que fizeram com ele, como ele fora o filho de um grande comerciante etc... até que ele chegou até lá e o que lhe aconteceu por ter sido o filho de um grande comerciante. Ele tinha tudo de bom, e aqui ele também tinha tudo de bom (assim o jovem contou tudo para eles). E ele continuou convencendo-os de que lá era bom para passar a vida.

Então o imperador lhe perguntou: "Você ouviu falar do imperador?" E ele lhe respondeu que tinha ouvido. E ele lhe perguntou pela bela moça, se ele tinha ouvido falar dela. E ele também lhe respondeu: "Sim". Então o jovem começou a falar irritado e disse: "O assassino!" (Assim como alguém range com os dentes para outro, assim o jovem disse, com raiva, sobre o imperador, sobre quem eles estavam falando, pois ele não sabia que o próprio mperador estava falando com ele). Então ele lhe perguntou: "Por que ele é um assassino?" E ele lhe respondeu: "Por causa de sua crueldade e arrogância eu vim parar aqui". E ele lhe perguntou: "Como foi que isso aconteceu?"

Então o jovem pensou consigo que lá ele já não tinha medo de ninguém e então ele lhe disse e lhe contou toda a estória, o que tinha ocorrido com ele. E ele lhe perguntou: "Se o imperador viesse parar em tuas mãos, você se vingaria dele?" E ele lhe respondeu: "Não (pois ele era bom, misericordioso), ao contrário, eu o sustentaria, assim como eu estou te sustentando". E o imperador novamente começou a gemer e suspirar, e disse: ""Que ruim e amarga velhice o imperador tem, pois ele ouviu que sua filha, a bela moça se perdera e ele próprio fora banido!" E o jovem novamente lhe disse: Por causa de sua crueldade (ou seja, sua falta de piedade) e por causa de sua grandeza ele se quebrou e à sua filha, e eu fui expulso para cá, tudo por causa dele". E ele novamente lhe perguntou (o imperador para o jovem): "Se ele viesse parar em tuas mãos, você vingaria dele?" E ele lhe respondeu: "Não, eu o sustentaria exatamente como eu te sustento" Então o imperador se declarou para ele e lhe informou que ele próprio era o imperador e tudo o que tinha ocorrido com ele. E o jovem caiu sobre ele e o beijou e o abraçou. E ela (a bela moça, que também estava lá só que disfarçada, conforme mencionado) ouviu tudo isso o que os dois conversaram um com o outro.

[Buscando pela Carta]

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O jovem seu costume era que ele costumava ir todos os dias e fazia para si um sinal em três árvores, e lá procurava pela carta pois lá existiam milhares milhares de árvores. E ele costumava fazer para si um sinal em três árvores, às quais ele já tinha procurado, para que amanhã ele não precisasse mais procurar nessas três árvores. Assim ele costumava fazer todos os dias, talvez ele ainda achasse a carta (ou seja, a carta que ela lhe enviara e que ele escondera entre as árvores, conforme mencionado) quando ele costumava voltar de lá, ele costumava vir com os olhos avermelhados, pois ele costumava chorar por ele ter procurado e não ter conseguido encontrar. E eles lhe perguntavam (ou seja, o imperador e a bela moça): "O que você procura entre as árvores e depois você volta com os olhos avermelhados?" E ele lhes contou toda a estória, como a filha do imperador (ou seja, a bela moça) lhe enviara a carta, e ele a escondera em uma árvore dentre essas árvores e veio então um vento tempestuoso etc..., conforme mencionado. E agora ele procurava, talvez a encontrasse. Entao eles lhe disseram: "Amanhä quando você for procurar, nós também iremos com você. Talvez nós encontremos a carta". E assim foi. Eles também foram com ele. E a filha do imperador achou a carta em uma árvore e ela a abriu e ela viu que essa era a sua própria carta, de sua mão, e ela pensou consigo mesma, que se ela lhe falasse imediatamente, que ela era a própria, e se ela novamente retirasse as roupas e novamente retornasse à sua beleza e ser novamente a bela moça assim como antes, ele poderia cair e expirar. E ela queria que fosse de forma correta e conforme a religião (ou seja, ela não podia ficar com ele ali no deserto pois ela precisava fazer um casamento com ele de uma forma apropriada). Então ela foi e lhe devolveu a carta e lhe disse que ela tinha achado a carta (ou seja, isso que ela era a própria ela não lhe disse, apenas lhe disse simplesmente que ela tinha achado a carta) e ele então imediatamente caiu no chão e desmaiou. E eles o recobraram. E entre eles se fez uma grande alegria.

Mais tarde, o jovem disse: "De que me serve essa carta? Como eu a encontrarei agora? Ela agora certamente está em algum lugar com algum rei! (pois ele pensou que ela fora vendida pelo assassino, como o imperador lhe contara). Então para que isso me serve? Eu vou passar aqui os meus anos". E foi e lhe devolveu a carta e lhe disse: "Tome a carta vá e pegue-a" (pois ela estava para você, disfarçada como um homem) . Então ela começou a ir e lhe pediu para que ele também fosse com ela, "pois eu certamente a pegarei e vai ser bom para mim e eu também te darei uma parte dos meus bens" (ou seja, a filha do imperador, que estava disfarçada como um homem, assim disse para o jovem). E o jovem então viu que ele era um sábio e que ele certamente a pegaria, então ele concordou em ir com ele (ou seja, com a filha do imperador que ele pensava que era um homem), e o imperador ficou só, pois ele tinha receio de retornar ao país. E ela lhe pediu que ele também fosse pois como ele certamente pegaria, a bela moca, ele então já não precisaria mais ter nenhum medo (ou seja, ela lhe disse: "Eu certamente a pegarei, a bela moça, e então você não terá mais nenhum medo, pois a tua sorte voltará quando nós a encontrarmos e também a ti vão te chamar e te retornar").

[Os três partem para a imperatriz, a filha se revela e o casamento acontece]

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E eles então foram, os três juntos. E eles alugaram um barco e eles chegaram até o país onde a imperatriz estava. E eles chegaram na cidade onde ela lá estava e eles ancoraram o barco. Então a filha do imperador pensou consigo, que se ela dissesse imediatamente para a mãe que ela tinha chegado, ela poderia expirar. Então ela foi e enviou para a sua mãe dizendo que se encontrou uma pessoa que sabia algo sobre a sua filha. Mais tarde ela mesma foi até a imperatriz e lhe contou, o que tinha se passado com sua filha e lhe contou toda a estória e no final ela lhe disse (com essas palavras): E ela (ou seja, a filha) também está aqui". Depois ela lhe disse a verdade: "Eu sou ela mesma". E ela lhe informou que seu noivo, ou seja o filho do grande comerciante, também estava lá. Só que ela disse à sua mãe que ela não queria de outra forma mas apenas que retornassem seu pai, o imperador, ao seu lugar. E sua mãe não queria isso de forma alguma pois ela estava muito zangada com ele pois por causa dele tudo isso se passou. Porém ela teve que agradar sua filha. E quizeram recolocá-lo (ou seja, o imperador) e procuraram o imperador e ele não estava lá. Então a filha lhe disse que o imperador também estava lá com eles. E então se fez o casamento. E a alegria foi completa. E o reinado e o império ele herdaram, ou seja, o filho do grande comerciante com a bela moça que se casaram. E eles reinaram no céu, ou seja, eles reinaram sobre todo o mundo [zey zinen molekh bekipah given]. Amém e Amén.

Mais tarde o velho imperador também não teve nenhuma grandeza pois tudo ocorrera por sua causa. O grande comerciante teve uma grande grandeza, ele era o pai do imperador que era o principal.

[Notas Seguintes à Estória]

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(O marinheiro, bateram e bateram nele e o expulsaram. Sobre Lót está escrito: "Fuja para a montanha" (Gênesis, 19-17), esse era o grande comerciante (que significa montanha na língua Idish) e dele virá o Messias. Os judeus no Egito tinham sinais de quando o redentor viria etc..., e do redentor que está para vir certamente também existem sinais. o Messias irá dizer para cada judeu o que ocorreu com ele em cada dia. Tamar também perdera os sinais. Assim como está escrito no "Midrash". E quando a queriam queimar o Diabo veio e afastou os sinais e o anjo Gabriel veio e os trouxe de volla para ela, assim como está escrito no "Midrash" e dela virá o Messias, rapidamente em nossos dias, Amén. Isso tudo foi discutido pelo Rebbe depois do conto para que pudessem ver um pouco quão longe o conto atingia. Feliz será esse que tiver o mérito de saber os segredos dos contos e mesmo no mundo vindouro. Isso que se mencionou no conto, como que cada um vem com a sua canção e alguns obtém resposta através de um mensageiro etc..., conforme mencionado, assim ocorre com muitas grandes pessoas onde cada um faz o que faz e cada um se ocupa e quer atingir o verdadeiro objetivo e nenhum deles tem o mérito de atingir o verdadeiro objetivo de verdade. Somente esse que é merecedor disso. E alguns são respondidos por um enviado, outros por detrás da parede e outros lhe mostram o rosto etc... assim como está descrito no conto. Só que no fim, quando eles saem do mundo lhes respondem que eles ainda não fizeram nada, assim como no conto se que bela moça no fim lhes descreve como respondia: "As águas ainda não fluiram para ti". Até que vai chegar o verdadeiro líder rapidamente em nossos dias, Amén. Sobre isso o Rebbe também comentou.

Depois, bem como o velho imperador não tinha grandeza, pois [o problema] era tudo por causa dele. O burguês tinha enorme grandeza - ele é o pai do imperador, que é o essencial [ikar, a raiz]. O marinheiro foi espancado e bateu na cara e expulsou.

Em relação a Lote diz, "Ha'hárah himmalét/ para a montanha fugir para a salvação" (Gen. 19:17) - este é um burguês [um jogo de palavras: Yid. Montanha barg, pl. berg < Ger. Berg montanha; ME burgh cidade < OE 'burg cidade fortificada; O. High Ger. 'Burg castelo fortificado, todos da raiz indo-europeia *bhergh'], e dele vem [Heb. nasce] Mashiach. [Nota: O sobrenome do rabino Nachman era Horodenker, como seu avô, também chamado Nachman, era da cidade ucraniana Horodenka, o nome do qual decorre da cidade ucraniana gorod'., cidade. Assim, "Burgher" pode ser interpretado como uma alusão a este nome.]

Os judeus tinham, em Mitzrayim, sinais de quem seria o Redentor, etc. [Heb. apenas: paqódh paqádh'ti (Ex. 3:16: "Lembrei-me de você;" alternadamente, "um chefe que eu nomeei"?) - aquele que lhes diz que esses termos são o Redentor. E é uma coisa surpreendente, uma vez que todos Yisrael sabia disso - então o que é este sinal? Possivelmente não foi transmitido, exceto para os mais velhos.] E sobre o [Heb. final] Redentor [Yid. para vir] há certamente sinais [Yid. do, aqui] também.

Mashiach dirá a cada judeu tudo o que aconteceu com ele todos os dias [Apenas Heb: a cada membro da Yisrael individualmente]. Tamar também perdeu os sinais, como diz no Midrash. Também quando ela ia ser queimada o Samekh-Mem veio e removeu os sinais dela, e o anjo Gabriel veio e devolveu-os, como diz em Midrash; fora dela vem Mashiach, rapidamente em nossos dias, Amém.

Tudo isso o Rebbe discutido após a história para que se possa fazer algum tipo de supor o quão longe a história chega. Então, bom para quem tem o privilégio de saber o segredo das histórias, mesmo no outro mundo!

Quanto ao que é explicado na história, que cada um vem com sua canção de desejo e alguns são respondidos através de um emissário etc, como mencionado - por isso há um número de grandes pessoas que cada um faz o que eles fazem [Heb. apenas: E cada um diz canções e assim por diante] e cada um se ocupa e quer chegar {Yid.: a verdade; Heb.: o propósito desejado. Mas não há nenhum que atinge o verdadeiro propósito essencial completamente} - exceto aquele que é digno / ajuste / elegível [re'ui'] para ele. E alguns são respondidos através de um emissário, ou de debaixo [Heb. atrás] da parede, ou mostram-lhes a cara etc. como na história. No entanto, no final, quando eles deixam este mundo, eles respondem que eles ainda não fizeram nada, como está escrito na história, como a beleza finalmente responde-lhes, "'Di vassern haben aber iber dir noch nit ariber gigangen'," até que o líder certo vem - rapidamente em nossos dias, Amém! Este também o Rebbe z'l discutido.

  1. Traduzido grosseiramente como 'sorte' ou 'fortuna', mazal também denota 'constelação' e sua raiz, zal , na verdade denota gotejamento ou fluxo; assim 'mazal' denota o fluxo de providência e supervisão de Hashem, através das constelações e outros dispositivos.
  2. Chayei Moharan #60 diz que alguém mencionou, na presença do Rebe Nachman, um documento escrito com letras douradas, após o que ele contou essa história.