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Um bebê

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Um bebê... Ai, que ventura
Do nosso peito extravasa!
Há um mês que é a nossa loucura,
Que é a jóia da nossa casa...

Mimo não há, nem enleio
Que mais alinde as vivendas,
Do que um bercinho cheio
De laçarotes e rendas.

E nesse ninho de luxo,
Com dois berloques e um guiso,
Ver um petiz, bem gorducho,
Que nos envia um sorriso...

Ah! Nada eu sei de mais preço,
Nem nada mais inocente,
Do que um sorriso travesso
Numa boquinha sem dente!

E ao ver-te, entre o fofo arranjo
Do teu bercinho tão doce,
Eu sinto bem que és anjo
Que Deus ao mundo nos trouxe...

E assim, bebê cor de leite,
Com olhos da cor do mar,
Tu és o único enfeite
Do nosso lar!