possivel a manifestação de fórmas de vida. Seria o estatismo eterno.
— Sei, um zum-zum, uma zoada de não acabar mais.
— Muito bem, está comprehendendo. A vibração do ether, pois, soffreu a interferencia... Sabe o que é interferencia?
— Uma cousa que se insinua pelo meio; intrometter a colher torta na conversa dos mais velhos deve ser, scientificamente, uma interferencia.
— Perfeitamente. Soffreu a interferencia do que, cá no vocabulario que creei com minha filha, chamo — o Interferente. Isto de palavras não tem importancia, como já disse. Só vale a idéa. O Interferente poderá para outros ter o nome de Deus, por exemplo, ou de Vontade. Os philosophos que philosopham com palavras passam a vida a debater qual a melhor palavra a applicar ao meu Interferente, como si palavras jamais esclarecessem alguma cousa.
— Vae indo muito bem, professor. Ha o ether que vibra e ha o Interferente que se mette no meio...
— Isso. Interfere e provoca a variação vibratoria. Essa variação crea correntes que se chocam umas com as outras, modificam-se e dão origem a todas as fórmas de vida exis-