Bardos tristes

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Eu não gosto dos poetas
Que andam sempre a se queixar
Como quem sofre de calo.

O sentir desses patetas
É como um sino a chorar
Sob os golpes do badalo

A dor, que relenta a flux
Numa lágrima prateada,
Ao pó a atração conduz.

Me alimenta a gargalhada
Solta aos ventos como a luz
Desde o albor da madrugada.