Crê! (grafia original)

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Vê como a Dor te transcendentaliza!
Mas do fundo da Dor crê nobremente.
Transfigura o teu ser na força crente
Que tudo tórna bello e divinisa.

5Que seja a Crença uma celeste brisa
Inflando as vélas dos batéis do Oriente
Do teu Sonho supremo, omnipotente,
Que nos astros do céo se crystalisa.


Tua alma e coração fiquem mais graves,
10Illuminados por carinhos suaves,
Na doçura immortal sorrindo e crêndo...

Oh! crê! Toda a alma humana necessita
De uma Esphéra de canticos, bemdita,
Para andar crendo e para andar gemendo!