Página:A Confederação dos Tamoyos.pdf/128

Wikisource, a biblioteca livre
106
A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS

Cujas cordas não vibrem doces echos,
Quando o canoro sabiá gorgeia
Seu canto matinal por entre as selvas?
Que coração ha hí petrificado,
Que allivio não encontre quando exhala
A dôr sua em tristissimos suspiros,
Em cantos repassados de amargura?

Canta, oh virgem dos bosques olhinegra!
Canta, oh bella Iguassú! canta, acompanha
O terno sabiá, que te convida.
Ah doce é o cantar! remedio é prompto
Que d’alma aos seios sóbe, e a magoa abranda
Do malfadado coração que chora.
Tal da papoula o expandido aroma
Entorpece o aguilhão que o peito punge,
E n’alma ideias gera deleitosas.

« Só, eis-me aqui no cimo da montanha,
Dos meus abandonada; como um tronco
Despido, inutil no alto da collina,
A que os ramos quebrou Tupan co’a flecha.