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CANTO VII.
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Caminhando ao luar silenciosos,
Por dous genios da noite os tomarias:
E no incerto clarão, entre mil sombras,
Em azas ponteagudas convertêras
Esses feixes de settas emplumadas,
Que das costas lhes pendem tremulantes.

Tinham já muito andado os dous amigos
Sem que palavras entre si trocassem,
Seguindo sempre a direcção de um rio,
Dos muitos que sem nome humildes correm,
Quando Parabuçú a voz erguendo:
« No que pensas, Aimbire? Estamos longe? »

Aimbire para o céo erguendo os olhos,
E ao Cruzeiro do Sul depois volvendo-os,
Lento responde: – Não… Mais alguns passos.

« E chegaremos nós co’o sol nascente? »