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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS

Eis abre-se a janella; e um vulto de homem
Espavorido se ergue, mal envolto,
Hirsuta a coma, os olhos desvairados,
Pallido todo, e ao chão se atira e corre,
Como um phantasma que abre a campa e foge,
Ou alma que do ardente inferno escapa.
Aimbire o reconhece, e prompto o aferra,
Como um demonio aferra a alma damnada
Que por pacto infernal lhe está sujeita.
E arrojando-o por terra enfurecido,
O leva de empurrões, quasi de rastos,
Té ao tronco do ipê, junto á igaçaba.

« Olha p’ra mim, Braz Cubas! brada o Indio
Com rouca, horrenda voz e um riso hediondo:
Olha-me bem, e vê si me conheces?
Não quero que tu morras sem que saibas
Quem se vinga de ti, dando-te a morte. »

Á tal ameaça a victima tremendo