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CANTO I.
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De pingues, numerosos affluentes,
Té no Prata perder-se, ou dar-lhe origem.

Nesta vasta extensão do Eden terrestre
Se ostenta o céo tão lindo e tão sereno
Como os olhos da virgem, cuja mente
Erma está de amorosos pensamentos:
Tão crystallino e azul como um zimborio
De inteiriça turqueza, ou de saphira.
O ar é tão nectareo como o aroma
Que no dia nupcial o ardente esposo
Nos puros labios frûe da virgem noiva
Co’as primicias de amor, beijo suave!
E tão leda e garbosa a Natureza
Como as faces de riso salpicadas
De uma mãi que se expande entre os filhinhos,
Que innocentes meiguices lhe tributam.
Oh vós da Grecia deleitosos campos,
Onde o Alphêo e o Eurotas serpenteam,
E em cujas margens Dryades habitam!
Montes, que dais abrigo em vossos topes,