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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS.

Que por gente tão má morrer quizesse,
E depois lá do céo inda a proteja.
Todos esses que vem em nome delle,
De diversas nações e varias línguas,
Em guerra sempre estão uns contra os outros,
Lá mesmo em suas terras; e aqui dizem
Que o seu Deos não quer guerra! Todos elles
Só tratam de viver á custa alheia.
Oh! e quão loucos são, e ambiciosos!
Por um pouco de pó, por uma pedra,
Por um tronco de páo elles se matam!
Parece que tem medo que lhes falte
Terra e mar, ar e céo, aves e bosques!
Si fossemos fazer o que nos dizem
Esses seus Abarés, em paz deixando 1
Essa gente de tudo apoderar-se,
O que fôra de nós? Ah bem depressa
Seriamos nós todos seus escravos!
Eis porque com tal gente paz não quero. »

Assim fallava Aimbire, quando viram