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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS.

Vos seja em fim mostrada, dissipando
A noite em que viveis immersos no erro.
Como ao raiar do sol se abrem os olhos,
E tudo alegre renascer parece,
Assim abrir-se devem vossas almas
Á verdade que Deos por nós vos manda;
Então renascereis p’ra f’licidade,
E alegres saudareis a nossa vinda.
Crede-nos pois, Tamoyos! vis enganos
Não espereis de nós. O que for justo,
Sem que vós o peçais, nós vos faremos.
Em breve vos serão restituidos
Quantos dos vossos temos prisioneiros:
De amigos, não de escravos precisamos,
E si os fazemos trabalhar comnosco,
É que o trabalho aperfeiçôa o homem;
E os que comnosco a trabalhar se avesam,
E aprendem nossas artes, nossos usos,
Se ufanam de saber mais do que os outros,
E ao antigo viver voltar não querem.
Mas tu pedes, Aimbire, que te entreguem
O desgraçado Dias? E quem póde