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A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOYOS

De lucto envolta; e só com sangue agora
Te é dado o triumphar! – Ai, pobres Indios !
Uns faziam gemer a virgem terra
Co’os repetidos golpes das enxadas;
Outros nos densos mattos mutilavam
Arabutans, jacarandás, graúnas
E os bosques rebramavam co’as pancadas
Resoantes dos machados: – parecia
Que de dôr se carpiam, por se verem
Roçados pelas mãos de homens escravos
Pela primeira vez; homens que outr’ora
Livres á sombra sua se acoutavam.
Outros emfim das abas das montanhas,
Sobre os despidos hombros já callosos,
Os lavrados esteios carregavam,
Que deviam erguer nascentes villas,
Para commodo só dos seus senhores.

Inda tudo não é; mesmo no centro
De incognitos sertões o Luso armado,
Como da destruição o infrene genio,